Eleições

Manifesto dos 5 mil pró-Dilma

Publicado em 24/10/2010, às 18h53   Redação Bocão News


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Professores de diversas universidades do país assinaram um Manifesto, denominado Manifesto dos 5000. No documento, eles revelam que votarão em Dilma Rousseff (PT), principalmente por considerarem as propostas do adversário da petista, José Serra (PSDB) retrogradas.

Pelo menos 260 professores de universidades da Bahia assinaram o manifesto. A UFBA lidera a lista com 163 assinaturas, seguida pela Uneb com 57 e IFBA com 29. Aderiram ao documento professores da Ucsal, Unifacs, FIB e Unijorge.

Nós reproduzimos o trecho abaixo

Nós, cinco mil professores universitários das principais universidades do país, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. Desde 2005, São Paulo perde sistematicamente colocações no ranking do Ideb, que avalia o ensino médio. Neste ciclo, onde se sente mais claramente as deficiências dos anos anteriores de aprendizado, São Paulo passou de quarto para sexto colocado.

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Continua...

Confira o manifesto na integra, clicando aqui.

Classificação Indicativa: Livre

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