Eleições

Siglas reduzem candidatos a governador e focam em nomes competitivos

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Mesmo legendas tradicionais e de representatividade nacional reduziram candidatos  |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 24/08/2018, às 07h38   Redação BNews


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Com um cenário de recursos escassos por conta das novas regras, a exemplo do fim das doações de campanha, os partidos decidiram por  manter ou reduzir o número de candidatos a governador nas eleições 2018 em relação às eleições de 2014. 

Levantamento feito pelo Estadão Dados mostra que, em 2018, 20 das 32 legendas que disputaram eleições há quatro anos ou mantiveram ou diminuíram o número de postulantes a Executivos estaduais. Três partidos não têm base de comparação, já que não existiam em 2014: Novo, com cinco candidatos; Rede, com 11; e PMB, que tem um postulante a governador.

Mesmo legendas tradicionais e de representatividade nacional reduziram candidatos. O MDB terá 13 concorrentes a governos estaduais, ante 18 em 2014. 

O PT (15) lançou neste ano dois candidatos a menos e o PSDB (12), um a menos. O PSB, que está neutro no plano nacional, reduziu o número de postulantes de 12 para nove. 

Um dos principais motivos apontados por analistas e dirigentes partidários para esse cenário é a diminuição dos recursos financeiros para as campanhas, com o fim das doações de empresas. As novas regras, incluindo o novo fundo eleitoral, avaliam, forçam as siglas a focar em candidaturas que têm chances concretas de ganhar.

"Antes, se lançava ao Executivo para fazer o nome e, depois, se lançar para deputado. Gastar dinheiro com isso em cenário de restrição de recursos é mais complicado", afirmou o cientista político Manoel Galdino, que é diretor executivo da ONG Transparência Brasil.

CONTRAMÃO - Na contramão desse movimento, dois partidos de presidenciáveis aumentaram seus candidatos a governador, com vistas à construção de palanques estaduais. Um deles é o nanico PSL, sigla de Jair Bolsonaro, que tem o maior número total de candidatos lançados tanto para o Executivo quanto para o Legislativo. Além da Presidência, a legenda vai disputar o governo em 13 Estados - em 2014, tentou apenas em um.

O outro partido é o PDT, do candidato ao Palácio do Planalto Ciro Gomes, que praticamente triplicou as apostas regionais - de três nomes em 2014 passou para oito neste ano. De acordo com o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, a candidatura própria à Presidência acarretou o aumento de postulantes a governador.

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