Eleições

'Vamos acabar com a vitimização', diz vice de Bolsonaro sobre atentado

Reprodução/YouTube
Para general Hamilton Mourão, esse 'troço já deu o que tinha que dar   |   Bnews - Divulgação Reprodução/YouTube

Publicado em 11/09/2018, às 20h06   Folhapress


FacebookTwitterWhatsApp

O general Hamilton Mourão, vice na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), afirmou nesta terça-feira (11) que a campanha deve evitar explorar o episódio do esfaqueamento na corrida presidencial.

"Esse troço já deu o que tinha que dar. Isso é uma exposição, eu julgo que já cumpriu a sua tarefa", disse, após participar de uma reunião com apoiadores em Brasília.

Mourão confirmou que a campanha do presidenciável do PSL deve migrar para a internet nos próximos dias. Com o impedimento do candidato de ir às ruas e com pouco tempo de televisão, a saída será apostar na popularidade nas redes sociais para alcançar novos eleitores.

Segundo ele, será gravada uma série de programas que contará com uma participação breve de Bolsonaro.

O deputado federal segue internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo, para onde foi transferido na sexta-feira (7), um dia depois de ter sido esfaqueado em ato de campanha em Juiz de Fora, em Minas Gerais.

A expectativa é que ele possa gravar pequenos vídeos já nos próximos dias. Segundo boletim médico mais atualizado, ele deixou a UTI e já começou a ingerir alimentos sólidos.

Mourão explicou que os programas podem ser transmitidos por meio das redes sociais durante o horário eleitoral gratuito. Mas imagens de Bolsonaro hospitalizado devem ficar de fora da TV.

Devem participar dos vídeos, além do candidato, o vice e Paulo Guedes, principal fiador da área econômica da campanha.

Ainda não há uma definição sobre quais agendas públicas Mourão deve assumir. Há um grupo mais ligado aos militares e ao PRTB que defende que ele assuma maior protagonismo.
Já alas do PSL mais próximas a Bolsonaro, dizem que ele não pode ocupar o lugar do candidato.


Outra indefinição é sobre a participação nos debates entre presidenciáveis. Inicialmente havia uma resistência de Bolsonaro em ir aos programas, já que sua presença causou desgaste à sua imagem.
Porém, o PRTB defende que o espaço não pode ficar vazio e a legenda apresentará nesta terça um pedido ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para que o vice substitua o deputado federal enquanto ele estiver internado.


"Vamos fazer consulta ao TSE porque o não nós já temos garantido, isso já é uma realidade. Vamos ver qual será a resposta de lá", disse Mourão.

A campanha, contudo, já espera a contestação de concorrentes, já que o PT teve pedido semelhante negado pela Justiça eleitoral. 

A legenda, que oficializou nesta terça o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad como candidato, vinha pedindo que ele ocupasse o lugar do ex-presidente Lula nos debates, já que o petista está preso.

Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp