Eleições

“Se até amanhã não virar 45, voto no 17”, afirma Paulo Câmara ao criticar o PSDB

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Publicado em 04/10/2018, às 22h15   Eliezer Santos


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Às vésperas da eleição, diversos aliados do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) na Bahia passaram a manifestar publicamente apoio ao candidato que lidera as pesquisas Jair Bolsonaro (PSL).

A debandada ganhou força após a declaração de Zé Ronaldo - candidato do DEM ao governo baiano – em favor do capitão da reserva do Exército durante o encerramento do debate na TV Bahia, na última terça-feira (2), com os candidatos ao governo do estado. 

A menção caiu como uma bomba surpresa no colo do prefeito ACM Neto (DEM), que é coordenador de campanha de Alckmin.

“Sinceramente, na última hora, se der, posso votar em Bolsonaro. Se eu perceber que até amanhã não vai virar o 45, eu voto no 17 [...] sou do PSDB, mas o desenho está muito claro. O que nós temos hoje? Haddad e Bolsonaro. O desenho é esse [...] 70% do meu eleitorado é Bolsonaro. Vou ser contra o meu eleitorado?”, a declaração é do vereador e candidato a deputado estadual Paulo Câmara (PSDB), durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, na Itapoan FM, nesta quinta (4).

“Zé Ronaldo fez um gesto de desprendimento que tem que ser reconhecido. Deixou de ser prefeito da segunda maior cidade do estado. Nós estamos aqui até hoje graças a ele, ele segurou essa bandeira que ninguém queria segurar [...] se ele falou aquilo é o que ele está sentindo, o que o coração dele está mandando”, continuou.

Paulo Câmara não poupou críticas ao ninho tucano e não descartou sua saída da sigla. 

“O PSDB tem que se reinventar. Tem que fazer uma autocrítica, uma reflexão. O PSDB tem uma história, mas hoje é um partido que as pessoas não respeitam [...] sempre fica a reboque”, criticou.

“Se continuar essa confusão, se me derem licença, eu vou arrumar minhas malas”.

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