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Exclusivo: "Quem saiu do polo do radicalismo se fragilizou", diz Jutahy

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Tucano revela quais são os projetos que vai executar após o final do mandato na Câmara Federal  |   Bnews - Divulgação BNews

Publicado em 08/10/2018, às 20h35   Henrique Brinco


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O deputado federal  Jutahy Magalhães (PSDB) falou pela primeira vez, em entrevista exclusiva ao BNews, após a derrota que sofreu nas urnas. O parlamentar, que concorria a uma das duas vagas à senatoria e obteve apenas 7,96% dos votos válidos, afirma que saiu vitorioso. "Quero agradecer ao povo da Bahia que me deu o direito de representá-los durante os mandatos nesses 40 anos de vida pública. Depois, quero dizer que na campanha majoritária você tem dois objetivos: ter uma vitória política e eleitoral".

"Não consegui a vitória eleitoral que lutei para ter, mas fico satisfeito em ter conquistado uma vitória política ao demonstrar que se pode fazer política com honradez, decência. Não só ser ficha limpa, como também ter vida limpa e ser eficiente, produzindo resultados para o Brasil e para a Bahia com leis importantes que fiz e com ações e serviços em centenas de municípios baianos, que melhoraram a vida dos que mais precisam", completa.

O tucano revela quais são os projetos que vai executar após o final do mandato na Câmara Federal. "Encerro meu mandato no dia 31 janeiro de 2019. Volto a exercer a minha profissão de advogado. Minha vocação para vida pública é para a vida inteira, independente de estar com mandato ou não".

Indagado sobre como fica a relação com o deputado Irmão Lázaro (PSC), com quem teve vários desentendimentos durante a campanha, Jutahy afirma que ainda que os dois não conversaram. "Não conversamos. Tem muita gente que ainda tenho que ligar. Senti muito que algumas pessoas não foram eleitas. Liguei para algumas. São pessoas que senti muito que não foram eleitas. Parabenizei o Adolfo Viana, que foi eleito pelo nosso partido como candidato a deputado federal".

Sobre o revés do PSDB na eleição proporcional, Jutahy afirma que a eleição nacional teve influência no cenário local. "Pessoalmente acreditava que nós faríamos dois federais e cinco estaduais. Fizemos três estaduais e um federal. É lógico que tinha tido o fato de que o nosso candidato à Presidência teve uma votação muito baixa no Brasil e especialmente na Bahia. Isso nos atingiu".

Questionado se o ex-prefeito de São Paulo, João Dória (PSDB), seria um candidato melhor que Alckmin, Jutahy minimiza. "Acho que Alckmin era o candidato que se apresentava com as melhores condições. Mas foi uma eleição atípica. Você teve a principal liderança do país presa e o líder das pesquisas sofreu um atentado que quase o mata. Foi uma eleição com características de radicalismo. Quem saiu do polo do radicalismo se fragilizou".

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