Eleições

Lúcio não atribui derrota a Lava Jato: “Não tive votos”

Juarez Matias/Arquivo BNews
Ele é acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do bunker com R$ 51 milhões, juntamente com o irmão Geddel  |   Bnews - Divulgação Juarez Matias/Arquivo BNews

Publicado em 09/10/2018, às 10h38   Fernanda Chagas


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O deputado federal Lúcio Vieira Lima (MDB), que não conseguiu coeficiente eleitoral para garantir uma vaga para se reeleger pela coligação MDB/ DC, em conversa com o BNews afirmou que sua derrota com pouco mais de 55 mil votos, que o colocou na 45ª posição, se deve estritamente a não ter tido votos. 

Nas eleições de 2010 o emedebista conseguiu pela primeira vez uma vaga para o cargo de Deputado Federal, sendo reeleito em 2014 como o mais votado do Estado com 222.164 votos.

Contudo, segundo ele, dessa vez não pode atribuir a falta deles ao seu envolvimento e o de seu irmão, o ex-ministro, Geddel Vieira Lima a operação Lava Jato.

Ele é acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso do bunker com R$ 51 milhões, juntamente com o irmão Geddel, a mãe, Marluce, o ex-assessor Job Ribeiro e o empresário Luiz Fernando Costa Filho, sócio da empresa Cosbat. Geddel está preso desde setembro de 2017. 

“Não tem relação alguma. Fui recebido por onde passei durante toda campanha sem nenhum constrangimento, com todo carinho, sem nenhuma associação a Lava Jato. Se isso tivesse alguma implicância o ex-presidente Lula não teria transferido tantos votos para Fernando Haddad e ele não estaria no segundo turno das eleições com Jair Bolsonaro. Aécio Neves não estaria eleito deputado. No meu caso foi não ter tido votos, não tive votos”, enfatizou. 

O deputado minimizou ainda o fato de ter votado favorável à Reforma Trabalhista. “Nenhum direito do trabalhador foi retirado. Foram todos mantidos. O que existe é a capacidade do PT de espalhar mentiras e o povo acreditar”, disse. 

“Podia fazer uma série de análises. Atribuir a onda do 13, a Bolsonaro, ao MDB não ter tido candidato a presidente, mas a verdade foi não ter tido votos suficientes”, reforçou. 

Futuro - Sobre o que pretende fazer no futuro, disse que em termos políticos ainda não está pensando sobre o assunto.

“Pretendo concluir meu mandato. Deus é quem sabe. Cada dia com sua agonia, mas em termos políticos ainda não estou pensando em nada. O que sei é que se faz política mesmo sem mandato e continuarei fazendo embates e ajudando a população. Isso sei que não deixarei de fazer", afirmou.

Para ele o momento é de agradecer. "Agradeco todos os dias a Deus, a minha família e ao carinho dos que votaram, acreditaram no meu trabalho”, concluiu, reforçando que está muito cedo para se pensar em futuro político. 

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