Eleições

Rebeldia leva partidos baianos a perder deputados

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Para a Câmara Federal, a maior derrota foi para a coligação Liberta Bahia (PSC, PTB, SD, PPL e PPL) que elegeu apenas um deputado: Uldurico Júnior do PPL  |   Bnews - Divulgação Vagner Souza/BNews

Publicado em 11/10/2018, às 10h57   Fernanda Chagas


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A abertura das urnas comprovou que a rebeldia dos partidos SD, PPL e PTB, que surfaram na estratégia encabeçada pelo PSC e decidiram pelo desmonte do chapão na proporcional com o DEM, PSDB, PV e PRB em prol de uma chapinha nos últimos minutos do segundo tempo, os levou a não eleger medalhões.

Enquanto isso, os partidos grandes que contavam com os votos das siglas menores para a formação do quociente eleitoral necessário, embora não tenham tido os melhores desempenhos e também tenham perdido cadeiras, levaram a melhor. 

Para a Câmara Federal, a maior derrota foi para a coligação Liberta Bahia (PSC, PTB, SD, PPL e PPL) que elegeu apenas um deputado. Uldurico Júnior do PPL foi reeleito com 66.343 votos. 

Nem mesmo o PSC, que protagonizou todo movimento, conseguiu eleger a grande aposta: o deputado estadual Heber Santana. Ele obteve apenas 52.583 votos e a sigla ficou sem representatividade da Bahia na Câmara Federal. 
Na atual legislatura, eles têm uma cadeira: Irmão Lázaro, que disputou uma vaga ao Senado na chapa de Zé Ronaldo.

Integrante da mesma chapinha, o cacique Benito Gama (PTB), que na eleição passada angariou 71.372 votos, foi derrotado ao obter apenas 29.964 votos. 

No SD, temos como exemplo o presidente da sigla, Luciano Araújo, que também era visto como “menino dos olhos” da legenda. Ele conquistou 37.732 votos, que não foram suficientes para sua eleição.  

Enquanto isso, a Renova Bahia, que conta com cinco partidos (PSL, PHS, PPS, PRTB e PSL), elegeu dois parlamentares novatos do PHS: Igor Kannário e Pastor Abílio Santana e uma do PSL: a professora Dayane Pimentel. Não houve nenhuma reeleição. 

O detalhe fica por conta de Dayane Pimentel ter sido a quarta mais votada para a Câmara dos Deputados pela Bahia com 136.742 votos e ter puxado os dois candidatos da coligação que não estavam entre os 39 mais votados ao contribuir com o coeficiente eleitoral.

Outro partido que decidiu sair sozinho, o PSDB elegeu apenas o deputado estadual Adolfo Viana para o Legislativo Federal. Ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy ficou fora ao conquistar somente 66.320 votos.   

Na coligação Unidos para Mudar a Bahia (DEM, PRB e PV), foram eleitos seis representantes: quatro do DEM (Elmar Nascimento, Arthur Maia, Paulo Azi e Leur Lomanto Júnior). Destes, Leur é a novidade. O PRB reelegeu Márcio Marinho e elegeu João Roma.

Assembleia Legislativa - Na esfera estadual, o PSC diminuiu a bancada ao conquistar três cadeiras. Reelegeu Soldado Prisco com 53.065 votos, Laerte do Vando, com 55.007 e Tum com 40.632, desbancando, entretanto, Hildécio Meireles, que somou 31.111 votos. Atualmente tem quatro assentos na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba). 

A Renova Bahia elegeu dois pelo PSL: ambos novatos Capitão Alden e Talita Oliveira, bem como Júnior Muniz do PHS. Eles, por sua vez, estreiam na AL-BA.  

A coligação Unidos para mudar a Bahia, por sua vez, reelegeu seis somente do DEM: Targino Margino liderou o ranking com 67.164 votos, seguido por Sandro Régis, Pedro Tavares, Luciano Simões, Tom Araújo e Alan Sanches. Léo Prates, o presidente da Câmara Municipal de Salvador entra como a novidade do grupo. 

O PSDB elegeu três: Marcell Moraes, Paulo Câmara e Dr. David Rios, e o PRB dois: Jurailton Santos e José de Arimatéia. A soma do grupo é de 12 eleitos.  

Polêmica – A chapinha PSL, PHS, PPS, PRTB e PSL foi formada com a saída do PV e a rebelião foi tão grande que resultou em palanques divididos entre Zé Ronaldo (DEM) e João Henrique (PRTB). No final, o que se viu foi apenas o PPS do vereador Joceval Rodrigues apoiando o DEM. 


Classificação Indicativa: Livre

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