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“Deu tudo errado”, admite Neto sobre campanha de Alckmin

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Com base nisso, ACM Neto defende que o DEM tenha projeto próprio de poder nacional em 2022  |   Bnews - Divulgação Adenilson Nunes/BNews

Publicado em 23/10/2018, às 09h58   Redação BNews


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Coordenador de campanha do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), cujas pesquisas não passou de 10% das intenções de voto, o presidente nacional do DEM, prefeito de Salvador ACM Neto admite que “deu tudo errado”, não apenas em função do episódio da facada no adversário Jair Bolsonaro (PSL), mas pela desagregação dos aliados.

Ele reconhece ainda que o próprio Geraldo não conseguiu compreender o novo da política “e traduzir isso em uma comunicação mais assertiva, em mensagens mais diretas para o eleitor”.

“Deu tudo errado. Primeiro, nós já sabíamos das dificuldades da candidatura do Alckmin. Fizemos pesquisas antes de declarar o apoio a ele, sabíamos das limitações, do desgaste do PSDB. Acabou que a campanha do Geraldo não conseguiu desenvolver uma estratégia, muito em função do episódio da facada no Bolsonaro. Aquela facada matou a campanha do Geraldo, a verdade é essa. Depois, a campanha não conseguiu voltar a respirar. Aí veio toda a desagregação dos aliados”, disparou em entrevista ao jornal El País. 

Mais além, o líder do DEM afirmou que o PSDB, com suas crises internas e suas traições, não deu o exemplo. “Isso abriu espaço para que todos os outros não se sentissem comprometidos de verdade com a campanha. O próprio Geraldo não conseguiu compreender esse momento novo da política e traduzir isso em uma comunicação mais assertiva, em mensagens mais diretas para o eleitor. É um conjunto de fatores, só que eu não me arrependo do apoio que dei a ele. Era o melhor quadro, o mais preparado para governar o Brasil, tinha o melhor perfil, mas o eleitor não concordou com isso. Eu tenho que me curvar e me render ao pensamento da maioria, não tem jeito”, criticou.

ACM Neto avaliou ainda que a força das redes sociais foi subestimada. “A campanha achou que a televisão ia resolver tudo. E a gente está vendo que a campanha é uma somatória: é rua, rede social, televisão, é tudo. O desempenho do candidato, o debate, a entrevista. Não é só mais aquele programa que o marqueteiro produz e que você leva para o horário eleitoral gratuito. O eleitor se mostrou muito impaciente, muito pouco disposto a entender o que estava sendo colocado no programa eleitoral. A televisão pesa muito, mas não é sozinha que resolve”, disse. 

Com base nisso, ACM Neto reforçou a tese de que o DEM tenha um projeto próprio de poder nacional com vistas em 2022. 


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