Cezar Leite critica demora de posicionamento do Aliança pelo Brasil e admite se filiar a outra sigla

Eleito pelo PSDB, vereador assumidamente conservador e de "direita", Cezar Leite mostra insatisfação com a demora do Aliança pelo Brasil em definir uma posição oficial sobre a eleição deste ano. Nesta segunda-feira (2), na Câmara dos Vereadores, Cezar ressaltou que aguarda uma decisão "o mais cedo possível", para dar tempo dos postulantes ao Legislativo, se articularem.

O edil admite que pode buscar a filiação a outro partido, uma vez que está decidido a tentar a sua reeleição. Ele garante que ainda não iniciou a conversa com nenhuma sigla, mas que vai priorizar aquela que tiver pautas semelhantes ao Aliança.

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"Caso não dê para formar o Aliança, podemos procurar outros partidos que tenham características parecidas. De direita, conservadora, pra a gente fazer um grande movimento dentro desse partido, mas para isso a gente precisa de tempo", disse o vereador reiterando a necessidade de um posicionamento do grupo político.

Apesar do entusiasmo inicial e da forte campanha que tem fincada a imagem do presidente Jair Bolsonaro, o Aliança pelo Brasil encontra dificuldades para viabilizar o seu registro a tempo da disputa eleitoral. Em visita à CMS em janeiro deste ano, o deputado federal Eduardo Bolsonaro já havia confessado a dificuldade da legenda em se oficializar. 

Inclusive, uma van do Aliança ficou estacionada em frente à Casa no dia em que o filho 03 do presidente acompanhava uma sessão solene em homenagem a combatentes da 2ª Guerra, mas não recebeu muitas visitas de interessados na filiação. De acordo com informações do Estadão, até a última semana, só tinham sido validadas apenas 3.334 assinaturas, número ainda bem distante dos 492 mil necessários.

Nos bastidores e também em declarações de figuras vinculadas ao Aliança à imprensa, já há um entendimento da impossibilidade de criação da legenda para a eleição de 2020. Cezar se mostra a par da dificuldade, mas cobra ao menos uma "nota oficial" para que os candidatos fiquem livres para decidir o seu futuro, até mesmo de desistirem da candidatura.

"Ainda não houve esse posicionamento oficial, existem falas que a gente vê pela imprensa, não oficial. A gente precisa de uma nota oficial do Aliança liberando os candidatos a procurarem outros partidos ou outros caminhos, até mesmo não sair candidato. Mas é preciso isso sair oficialmente”, clama.