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Olívia Santana defende vacinação obrigatória e alfineta Bolsonaro: ‘Pensamento medieval’

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Entre os assuntos abordados estão a pandemia, segurança pública, conservadorismo e economia  |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 22/10/2020, às 09h18   Yasmin Garrido


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A candidata do PCdoB à Prefeitura de Salvador, Olívia Santana, participou, na manhã desta quinta-feira (22), de entrevista na emissora CNN Brasil e aproveitou para reforçar as propostas de governo para a capital baiana e alfinetar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Para a comunista, falar em vacinação obrigatória é querer preservar a vida da coletividade.

“Não é uma questão somente individual. Precisamos entrar no século XXI, olhar para a ciência e ter compromisso com a justiça social. Apostar no negacionismo é algo medieval”, disse. Ainda segundo Olívia Santana, o conservadorismo vai perder espaço cada vez mais. “Até o Papa já deu a demonstração de que estamos avançando”.

A candidata ao Thomé de Souza ainda reforçou a importância de pautas contra a desigualdade no Brasil e, principalmente, em Salvador. “A luta antirracista é um desafio civilizatório. Vivemos em um país que forjou o racismo estrutural, que nega oportunidades e inviabiliza o caminho de uma parcela majoritária da população (...) Temos que encarar essa realidade desigual, entendendo que as forças negacionistas de extrema direita não têm vez”, afirmou.

Esquerda dividida
Um dos temas abordados na entrevista foi a questão da quebra da base do governador Rui Costa (PT) na disputa da Prefeitura de Salvador. Mas, Olívia não maximizou a situação de uma esquerda dividida. “A eleição tem possibilidade de dois turno e eu acredito que precisamos respeitar as forças políticas que querem testar seus nomes, apresentar seus nomes”.

Olívia Santana também ressaltou que, no caso do PCdoB, a candidatura dela não foi pensada de última hora, mas, sim, “construída a partir da militância nos movimentos sociais e na presença constante na política”. Entre os planos de governo da comunista está a prorrogação do auxílio ‘Salvador Por Todos’, no valor de R$ 270.

“Vamos tomar todas as medidas necessárias para prorrogar o auxílio, estabelecendo em Salvador um plano emergencial de retomada da economia e de enfrentamento da pandemia. Entre as propostas estão a implementação do Cred Salvador, para injetar recursos nos micro e pequenos empreendimentos, reforçando a política de cooperativismo, gerando, assim, mais emprego e renda, bem como o ‘Programa Favela Importa’, para requalificar ambientes precários, oferecendo dignidade de habitação à população”, explicou.

Economia e segurança pública
Outro tópico abordado ao longo da entrevista foi a ideia do governo federal de substituir o Bolsa Família pelo Renda Cidadã. Na visão de Olívia Santana, isso seria um retrocesso. “O Bolsa Família resgatou o direito básico de a população enfrentar a fome e a miséria. Venho de uma família de oito filhos, dos quais cinco morreram na pobreza extrema. Esse governo precisa respeitar e ter responsabilidade com os programas sociais”, disse.

No quesito segurança pública, Olívia criticou o comportamento da Polícia Militar na Bahia e, de certa forma, em todo o país. Para ela, é necessário uma política de segurança pública garantidora de direitos humanos e que não veja o tema como um assunto chato. “Temos que substituir a prática da violência estatal por uma de inteligência, que preserve os direitos humanos. A política de segurança pública militarizada precisa mudar”, defendeu.

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