Eleições
Publicado em 15/11/2020, às 13h09 Luiz Felipe Fernandez e Marcos Maia
O candidato do PSOL à prefeitura de Salvador, o deputado estadual Hilton Coelho, votou no início da tarde deste domingo (15), acompanhado da sua candidata a vice-prefeita, Rosana Almeida.
Em entrevista ao BNews, ambos demonstraram fé de que estarão no segundo turno das eleições e confiança no contato direto com as pessoas. "A gente sabe que as pesquisas, além da margem de erro, já registraram historicamente uma posição que confundiu até o processo eleitoral", lembrou o parlamentar.
Ele acrescentou que não é contrário a realização de pesquisas , mas disse que prefere manter distância entre "sinalização e realidade". "Mais uma vez é a periferia tentando ocupar esse espaço que também é nosso. [...] Esse é um trabalho que não é só do período eleitoral mas da favela no seu dia-a-dia", argumentou Rosana.
"Estou confiante pelo tipo de campanha que a gente fez, pela dedicação de nossa militância, todo mundo que é da resistência. Estamos bastante confiantes", continuou Coelho.
Questionado sobre um um eventual segundo turno no próximo dia 29 sem o PSOL, o candidato disse que um eventual apoio a uma das chapas na disputa ainda precisará ser definido, e que o partido trabalha no momento apenas com a possibilidade de estar no pleito.
"O máximo que cogitamos é a relação com as forças políticas a partir do apoio a nossa candidatura. O que vai acontecer nas urnas será avaliado pela nossa militância ainda", afirmou. O candidato, que nos debates teceu duras críticas às gestões de ACM Neto (DEM) e Rui Costa (PT), ponderou que é o candidato da "verdadeira esquerda" em Salvador
"Ser de esquerda é se posicionar contra a reforma da previdência, contra o genocídio da juventude negra e ter um posicionamento de que é possível abrir escolas e não fechar. Quem estiver fora desse campo, para nós está trilhando um papel concervador que não se confunde com a identidade de esquerda", alfinetou.
Sobre a votação do Psol na Câmara de Vereadores, o deputado disse que tem a impressão de que a legenda passará a ter uma "bancada coletiva" que contribuirá para o debate sobre questões da cidade. "Até agora temos como vereador o companheiro Marcos Mendes que está fazendo um excelente mandato, mas nós sabemos - e eu passei por isso - o que é ser um vereador apenas na bancada", concluiu.
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