Eleições

Candidatos trocam acusações em rádio

Imagem Candidatos trocam acusações em rádio
Prefeituráveis apresentaram projetos e trocaram farpas na Rádio Sociedade  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 28/09/2012, às 11h30   Alessandro Isabel (twitter: @alessandroisabel)


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O debate entre os candidatos à prefeitura de Salvador promovido pela Rádio Sociedade da Bahia, na manhã desta sexta-feira (28), pegou fogo no quarto bloco. Cada candidato fez pergunta para outro prefeiturável com tema livre e o primeiro sorteado foi Nelson Pelegrino (PT) que questionou a Márcio Marinho (PRB) o porquê de  a cidade está enfrentado tantos problemas de infraestrutura. A resposta foi rápida: “pela ineficiência da prefeitura de não cobrar a quem deve”.

Para Marinho “falta saúde, iluminação e dinheiro. Sobra lixo e não apenas no subúrbio, na periferia. Hoje observamos lixo nos bairros nobres. E a prefeitura não cobra de quem deve. Algum problema há com esse prefeito (João Henrique)”. Ele também fez questão de lembrar que o seu partido faz parte da base aliada ao governo federal e conta com o apoio da presidente Dilma o do governador Jaques Wagner.

Na réplica, Pelegrino disse que Salvador não tem recursos para se manter sozinha. Segundo o petista, caso seja eleito, vai investir R$ 300 milhões para recuperar as vias da cidade, outros R$ 400 milhões na Av. 29 de Março, mais R$ 400 milhões nos 12 pontos críticos do trânsito e salientou que o governo deverá investir R$ 10 bilhões na capital baiana.

O debate foi se desdobrando e Marinho terminou perguntando ao adversário ACM Neto (DEM). O tema abordado pelo deputado foi segurança. Segundo Neto, caso seja eleito, ele vai criar a secretaria da Prevenção a Violência, vai passar de 1500 para 3500 o número de guardas municipais nas ruas da cidade, todos sendo treinados e armados. Promete também instalar câmeras de videomonitoramentos nos pontos considerados críticos. Vai tirar os jovens das ruas e destinar mais atenção para as famílias carentes da periferia.

Como não poderia deixar passar em branco, o democrata alfinetou os petistas ao firmar que a violência cresceu por falta de responsabilidade do governador Wagner e de Pelegrino.

Neto continuou atacando os adversários questionando aos ouvintes: “Você que está me ouvindo agora está se sentindo seguro hoje?”, aqui apenas o deputado Nelson Pelegrino talvez esteja. “Ele (Pelegrino) quando secretário de justiça prometeu combater o crime organizado, mas o crime organizado só fez aumentar. O PT da propagando é um, o PT do discurso é um, mas o PT da realidade é outro”.

Sobre o tema, Marinho disse que vai investir na iluminação pública de qualidade. Instalar mil câmeras de monitoramento batizadas de ‘olho vivo’, acha importante a utilização dos espaços de Ong’s e igrejas para abrigarem projetos educacionais voltados para os jovens, além de investir no esporte para tirar as crianças das ruas.

Após o discurso de Marinho o clima pesou. O nome de ACM Neto foi sorteado e a escolha foi: Nelson Pelegrino. O democrata questionou do petista a opinião do mesmo ao “observar as pessoas exprimidas nos ônibus, enquanto o governador Jaques Wagner gasta R$ 5 mil de helicóptero para ir de Ondina até o CAB e mais R$ 5 mil para voltar do CAB para Ondina?”.

Pelegrino não respondeu a pergunta, mas disse que o governador está fazendo investimentos para que o povo não sofra tanto o quanto vem sofrendo. O petista também jogou no colo do democrata o fato do metrô de Salvador ainda não está em funcionamento. “Estamos corrigindo o projeto errado que vocês fizeram”, afirmou. Neto rebateu as acusações e disse que “Pelegrino não responde as minhas perguntas. Ele fala do metrô, mas esquece que quem cortou o projeto de 12 quilômetros foi o PT”.

Após o momento marcado por bate-boca e troca de farpas entre os dois candidatos o clima ficou ameno e o debate prosseguiu com o questionamento de Mário Kértesz ao candidato Da Luz. “Você fala mal de políticos, mas toda eleição você concorre”.

Segundo Da Luz ele tem o objetivo de mudar a política. “Não adianta querer mudar se as pessoas eleitas são sempre as mesmas”, afirma. “Acho que as pessoas de bem deveriam vir para a política”.

Para Kértesz não é a troca de acusações entre ACM Neto e Pelegrino. “primeiro eles falam de João Henrique, depois da surra de Lula, depois da greve da polícia e dos professores, depois de cotas. Temos três excelentes deputados aqui e eles são ótimos no que fazem em Brasília. Podem ficar por lá e quero contar com o apoio deles; Só quero saber quem ACM neto vai apoiar no segundo turno e quem Pelegrino também deverá apoiar no segundo turno”, questionou ao se colocar na próxima fase da disputa.

O candidato Da Luz instigou Hamilton Assis ao querer saber “mais detalhes das máfias” que o psolista tanto fala. “Temos que desprivatizar a prefeitura de Salvador. Principalmente das construtoras. A cidade também sofre com a ação dos empresários do transporte que mandam e desmandam e a população vira refém deles”, afirma Assis, que continuou disparando: “a câmara também aprovou o projeto do metrô da Paralela para favorecer a especulação imobiliária da região”.

Por fim, Assis encerrou o bloco questionando Mário Kértesz. Ele queria saber a opinião do peemedebista sobre uma suposta ‘máfia’ envolvendo o governador Jaques Wagner, o prefeito João Henrique e a prefeita Moema Gramacho. Segundo o psolista o projeto do metrô foi modificado para privilegiar a Paralela e desprestigiar a população de Cajazeiras.

Kertész disse que “sempre se manifestou contra o metrô na Paralela”. Para o peemedebista “é melhor beneficiar a população de Cajazeiras”. Ele aproveitou a oportunidade para falar sobre a situação dos empresários do transporte  público que, na ótica de Kértesz “encontraram facilidade para fazer o que querem e como querem”. Ele também voltou a insistir que Salvador não tem condições financeiras de ‘andar com as próprias pernas’ e demonstrou preocupação com a nova Louos.

Foto: Camila Cintra

Classificação Indicativa: Livre

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