Eleições

Debate é lugar de se fazer política, arremata Lídice

Publicado em 02/10/2012, às 10h18   Luiz Fernando Lima (twitter: @limaluizf)



A senadora Lídice da Mata (PSB) não foi uma das participantes do debate organizado pela Rede Record Bahia na noite desta segunda-feira (1) em Salvador, mas ela definiu precisamente o clima que pautou todo o embate entre os seis candidatos à prefeitura de Salvador. “Debate precisa ser diferente de horário político. Tem que ter espaço para política também”.

Em resumo, a despeito das queixas de Nelson Pelegrino (PT), ACM Neto (DEM), Márcio Marinho (PRB) e Hamilton Assis (Psol), o encontro entre os postulantes refletiu o ambiente político já defendido em outras situações pelos também candidatos Mário Kertész (PMDB) e Rogério da Luz (PRTB). Os dois últimos, em diversas oportunidades, deixaram claro que ali estão para apresentar algo diferente de apenas propostas.

Ao final do debate, o candidato do DEM, em conversa com a imprensa, lamentou a ação supostamente “combinada” entre peemedebista e petista para atingir a candidatura dele. Foi além ao afirmar que Pelegrino e Kertész têm dedicado a maior parte do tempo dos respectivos programas eleitorais para agredi-lo.

Pelegrino não deixou barato e também não gostou de ver o representante do DEM tentando “culpar os governos federal e estadual por tudo que há de ruim em Salvador. Quando na verdade a culpa é do prefeito que ele ajudou a eleger e por isso não pode apontar o dedo”.

Hamilton Assis voltou a jogar a culpa na privatização da prefeitura e, assim como Kertész, denunciou o que chamaram de “transformação de uma secretaria (Educação) municipal em comitê político partidário de Neto”.

Sobre o alinhamento defendido por Pelegrino coube a Márcio Marinho a tentativa de desconstruir o discurso de que o petista está sozinho. “Nós do PRB também fazemos parte dos governos Dilma e Wagner. Nossos deputados federais e estaduais e senadores ajudam a aprovar todos estes projetos que você (Pelegrino) está dizendo que são do PT. O PT não está sozinho. Nós também somos da base”.

Em outro momento a ironia partiu para o recurso publicitário utilizado na campanha que levou Jaques Wagner ao primeiro mandado como governador em 2006. À época, uma das inserções comerciais falava do voto em uma “panelinha” ao se referir ao campo Carlista. Agora, o mesmo foi dito sobre o discurso do PT que fala em time de Lula, Dilma e Wagner.

Agora restam ainda dois debates. O próximo acontece nesta terça e o último antes da realização do primeiro turno está marcado para a quinta-feira. Novos capítulos desta história serão escritos nestas ocasiões, mas os projetos devem ficar para outro momento. A hora é de minar candidatura de adversário.

ACM Neto e Pelegrino serão os alvos dos próximos programas. Aos demais candidatos cabe a tentativa de não permitir que a tendência apontada pelas pesquisas se confirme nas urnas. Caso contrário, após o resultado do dia 7, cada um estará respondendo se vai apoiar algum dos dois ou não.

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