Eleições

Agora as urnas determinam o próximo ato

Imagem Agora as urnas determinam o próximo ato
Último debate do primeiro turno foi morno com momentos de tensão  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 05/10/2012, às 03h12   Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)


FacebookTwitterWhatsApp

O clima entre os candidatos à prefeitura de Salvador no último debate antes da realização do primeiro turno foi morno. Algumas alfinetadas mútuas aconteceram durante o embate promovido pela Rede Bahia, mas nada que fugisse ao script. O embate entre Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM) provocado pelo representante do Democratas no quarto bloco foi o momento alto do “evento” iniciado no fim da noite de quinta-feira (4).

Ao deixar o estúdio, em coletiva à imprensa, ACM Neto comemorou a oportunidade de discutir com seu principal concorrente, de acordo com as pesquisas. “Pela primeira vez, após cinco debates, eu pude fazer uma pergunta a Pelegrino. Ele encerra o primeiro turno sem ter me feito uma pergunta. Ele entrou e saiu da campanha sem me fazer uma pergunta. Agora, no segundo turno ele não tem como fugir”, declarou.


O petista negou que tenha evitado o adversário do DEM afirmando que escolheu perguntar, quando teve oportunidade, ao candidato que julgou melhor para responder à interpelação. Pelegrino afirmou que Neto não saiu-se bem no confronto direto. “Quando tentou me enfrentar não se deu bem. Porque a minha gestão na secretaria de Justiça foi bem avaliada. Eu tive coragem de fazer o que, infelizmente, o governo dele em São Paulo teve”, apontou.

Na chegada aos estúdios, Neto apresentou um panfleto atribuído à coligação de Pelegrino com mensagem depreciativa. Foi uma resposta à ação divulgada ontem nos diversos veículos de imprensa da cidade. “O candidato do DEM disse que foi atacado, mas quem foi preso com documento assinado pela coligação, com CNPJ, foram pessoas pagas pelo candidato do DEM, inclusive, uma menor de idade, paga para distribuir panfleto com conteúdo mentiroso e ofensivo que será objeto de ação judicial”, denunciou.

A polarização do debate foi alvo de ataque dos outros quatro candidatos. Mário Kertész (PMDB) chegou à sede da emissora demonstrando um pouco do cansaço natural de reta final de campanha, entretanto, no debate se mostrou novamente disposto a enfrentar seus adversários. Na saída, voltou a afirmar que a corrida só acaba no dia 7 de outubro. “O debate não foi tão quente quanto eu gostaria, mas de qualquer jeito serve. A audiência é grande e no domingo a gente vai saber quem tem farinha no saco”.

Márcio Marinho (PRB) foi mais ácido do que de costume, não ao chegar, mas na saída criticou duramente o petista. “Acredito que as pessoas puderam ter as consciências de que está nas mãos delas. As pesquisas deveriam ouvir mais a população pobre. Tem candidato que acha que já ganhou, mas o resultado só no dia 7. Ninguém perde nem ganha por antecipação, acho que ele (Pelegrino) tem que abaixar um pouco a bola por que o jogo está sendo jogado ainda. O resultado é só no dia 7”, disse.

Marinho voltou a defender que seu partido integra o bloco governista tanto no plano federal quanto no municipal. A legenda de Rogério da Luz (PRTB) também “joga no time” da presidente Dilma Rousseff, no entanto, o candidato em Salvador não contemporiza e parte para o ataque. “. Nós estamos nessa luta. Vamos ganhar porque os outros candidatos não precisam mais do seu voto, pois eles estão em outro patamar enquanto nós estamos aqui disputando com a garra e a garantia de que vamos fazer um bom trabalho”.

Irreverente, Da Luz aproveitou para pedir voto para os trabalhadores da rede Bahia. “Espero o voto de todos, inclusive, do pessoal que trabalha aqui na Rede Bahia porque o voto é secreto e não precisa votar em Neto”, concluiu. Já o candidato do Psol, Hamilton Assis, adotou um tom mais crítico em relação à corrida eleitoral. Segundo ele, não foi possível travar um debate sobre dois pontos fundamentais: reforma política e financiamento público de campanha.

Os assuntos são pautas importantes para que a população possa voltar a ter a “a soberania”. O candidato denunciou o suposto uso da “maquina pública” para fazer campanha. “Nosso povo novamente vai ficar na periferia deste grande negócio (Copa). As baianas de acarajé, os camelos. Todos os candidatos são iguais. Todo mundo apoiou João Henrique em algum momento. A Sucop é dirigida pelo PP que apoio Pelegrino e fica distribuindo asfalto Sonrisal em tudo quanto é bairro pobre desta cidade. Uma loucura. Isto é crime eleitoral e deveria ser verificado. O DEM tem a secretaria de Educação. O PTN está deitando e rolando”.

Fotos: Gilberto Júnior // Bocão News


Classificação Indicativa: Livre

FacebookTwitterWhatsApp