O governador Jaques Wagner estima que os partidos aliados vão eleger no próximo domingo (07) em torno de 320 a 330 dos 417 prefeitos baianos. Mas aposta suas fichas mesmo é em Salvador e Feira de Santana, os dois maiores colégios eleitorais da Bahia. No terceiro, Vitória da Conquista, a situação do prefeito Guilherme Menezes (PT) é tida como tranquila.
Diz Wagner que Salvador é um caso resolvido. A decisão será no segundo turno entre Nelson Pelegrino (PT) e ACM Neto (DEM). Em Feira, o governo se empenha para derrubar o favoritismo de Zé Ronaldo e forjar o segundo turno, como o deputado Zé Neto (PT) que hoje vai lá. "Não posso fazer campanha mas posso fazer caminhadas".
Interpretando: para o governo é um tudo ou nada e idem para a oposição. Por isso as campanhas nos dois maiores municípios da Bahia viraram um vale-tudo. Salvador, além do PT nunca ter governado, vai ser uma das vitrines internacionais do Brasil nos próximos dois anos, com a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Perder na capital seria um desastre para o governo, ainda mais numa situação desfavorável em Feira.
Para a oposição, que praticamente foi varrida do mapa em termos de governança de prefeituras, seria o renascimento de expectativas. Claro que nem o governo vai jogar a tolaha em Feira e nem a oposição em Conquista. Mas só uma hecatombe mudaria as duas situações. No mais, com a palavra as urnas.Cenário em Lauro de Freitas
Camaçari e Lauro de Freitas, dois municípios da RMS entre os dez mais da Bahia que o PT governa nos últimos oito anos, também estão no núcleo das preocupações governistas. Perder neles também seria mal. Além de deixar escapar um quinhão de poder, ainda poderia influenciar o segundo turno em Salvador, o xis da questão. Aliás, a vitória de Kuiz Caetano em Camaçari em 2004 sinalizou a derrota de Paulo Souto em 2006. Nos dois a disputa é trincada.
Coluna Tempo Presente, Jornal A Tarde
Matéria originalmente publicada às 08h38 do dia 05/10.
Foto: Bocão News // Gilberto Júnior
