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Um pouco de novela, mas o foco foi política

Imagem Um pouco de novela, mas o foco foi política
Governador ironiza adversários e promete obras para Cajazeiras   |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/10/2012, às 00h06   Luiz Fernando Lima (Twitter @limaluizf)


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O governador Jaques Wagner (PT) subiu no palco armado para o comício do candidato à prefeitura de Salvador, Nelson Pelegrino, ironizando dois dos pontos que geraram certa expectativa negativa em contraponto à presença da presidente Dilma Rousseff, protagonista do final de tarde desta sexta-feira (19), no Campo da Pronaica, localizado em Cajazeira XI.

O primeiro foi o suposto esvaziamento que poderia ser provocado pela exibição simultânea do último capítulo da novela “Avenida Brasil”. Os petistas chegaram a anunciar a transmissão através de telões, mas foram impedidos por determinação da Justiça Eleitoral que concedeu liminar após provocação dos advogados de ACM Neto (DEM).

Wagner disse para uma multidão estimada em mais de 10 mil pessoas que a competição com novela não era algo necessário. De acordo com ele, o fato de a primeira presidente do país pisar no bairro era algo histórico que levaria as pessoas até lá. Dito isso, o governador partiu para o ataque ao grupo político do adversário.

“Vocês sabem quem matou o Max? Eu também não sei, mas sei quem vai salvar Salvador. Mas o lado de lá, que mente tanto quanto a Carminha, disse que eles vão defender Salvador. Caramba! Governaram a Bahia 40 anos. não fizeram metrô, largando pelo meio. Não fizeram o Hospital do Subúrbio. Não triplacaram a quantidade de leitos no hospital aqui em Cajazeiras. Não fizeram três mil unidades do Minha Casa, Minha Vida, somente aqui em Cajazeira e Fazenda Grande”.

O gestor não perdeu a deixa dada com a divulgação da primeira pesquisa Ibope do segundo turno. O levantamento veio a público instantes antes do comício. Nele, Neto aparece com 54% dos votos válidos contra 46%. Para Wagner, isso é sinal de sorte.

“Voce é um cara de sorte , porque o mesmo instituto que disse que eu não ia nem para o segundo turno em 2006, e eu ganhei no primeiro. Que disse que em 2008 iria para o segundo turno, era Neto e Imbassahy, foi Pinheiro e João Henrique. Que disse na boca de urna, não se para enganar ou para errar, que você ia ganhar. Agora, está dizendo que o candidato do lado de lá vai ganhar”.

O governador se empolgou ao enumerar as realizações. Prometeu levar o metrô até Cajazeira, não disse prazo, construir creches, ginásio de esporte, UPAs e, por fim, chegou a esquecer o nome do hospital que será transferido para região. “Como é mesmo o nome”?, perguntou para um assessor do lado. “Ah! Vamos fazer o Miguel Couto”. O senador Walter Pinheiro (PT) soprou e Wagner corrigiu. “Opa! Couto Maia. É Couto Maia”, pediu perdão e seguiu na toada.

Foto: Gilberto Júnior // Bocão News

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