Mais de 1.1 milhão de votos em disputa para Câmara Federal

Publicado em 02/08/2014, às 19h03 Luiz Fernando Lima (Twitter: @limaluizf)

Dos 39 deputados federais da Bahia eleitos em 2010 pelo menos sete não são candidatos à reeleição. Os aliados mais próximos destes estão em franca negociação para ficar com o espólio acreditando na máxima de que não existe eleitor órfão na política e que é possível transferir diretamente os sufrágios.

Esta nuvem conta com 1.170.325 votos que ACM Neto (DEM), Rui Costa (PT), João Leão (PP), Mário Negromonte (PP), Zézeu Ribeiro (PT), Oziel Oliveira (PDT) e Fábio Souto (DEM) receberam no último pleito realizado há quatro anos.

A bolsa de apostas é instável em alguns casos e nos outros, como os de Leão e Negromonte, o assunto é tratado de outra forma já que ambos pretendem transferir os sufrágios pela via familiar. Cacá Leão e Mário Júnior deixaram as candidaturas ao parlamento estadual e tentam trilhar o caminho dos pais.

Do lado governista, os votos de Rui Costa e Zézeu Ribeiro tendem a ser pulverizados enquanto Oziel Oliveira apoiará a esposa, Jusmari Oliveira, ex-prefeita de Barreiras. Comenta-se nos bastidores que o candidato ao governo do estado se comprometeu com diversos postulantes que estão engajados na campanha majoritária.

No campo da oposição, Fábio Souto será candidato a deputado estadual com chances de receber a maior votação entre os 649 postulantes ao Palácio Luís Eduardo Magalhães. A especulação é baseada na presença certa dele ao lado do pai, Paulo Souto, candidato ao governo em todos os palanques da majoritária.

Já o prefeito de Salvador ACM Neto tem um caminho parecido com o de Rui Costa, a diferença é que assiste a esta eleição em uma espécie de camarote com acesso à avenida. O prodigo demista tem compromissos tácitos com Paulo Azi, presidente estadual do DEM que deixa uma reeleição tranquila de deputado estadual para tentar a cadeira na Casa Baixa do Congresso Nacional, e com José Carlos Aleluia, também do DEM, e ex-secretário de Transportes da capital. Depois desses, o leque se expande e não faltam candidatos de outros partidos para apoiar.

Resta saber se o jogo combinado nos comitês e gabinetes será jogado pelo eleitorado.

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