A candidata ao Senado Eliana Calmon (PSB) custa a acreditar que o nome do ex-presidenciável Eduardo Campos (PSB), morto em acidente aéreo no mês passado, esteja de fato envolvido com o esquema de desvio de dinheiro da Petrobrás delatado recentemente pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa.
“Muito exagero de quem esta delatando”, disse durante entrevista ao programa Se Liga Bocão, nesta segunda (8). Ela ponderou, contudo, que espera uma “investigação correta”.
Sobre seu aparecimento tímido nas pesquisas, com variação entre 4% e 6%, Calmon disse que o povo ainda não a conhece. Longe dos orçamentos fartos e doações volumosas dos seus principais adversários, ela ainda acredita numa virada e no senso moral da população.
O otimismo da candidata pode estar ligado ao resultado da pesquisa qualitativa que listou Eliana Calmon como a segunda melhor opção ao Senado em todo Brasil. Ela ainda recorreu à sua passagem no Conselho Nacional de Justiça, quando denunciou casos de corrupção na magistratura. “Eu abri para que a imprensa soubesse o que acontece nas entranhas do poder judiciário. Acho uma temeridade não poder investigar as finanças de um juiz que esteja envolvida em alguma ilegalidade”, afirmou, orgulhosa da sua atuação.
Questionada se pode ganhar uma vaga no quadro de trabalho do Planalto caso Marina Silva seja eleita, a candidata despistou e disse que, apesar de ter sido convocada pessoalmente pela presidenciável para o projeto de uma “nova política”, nunca tratou sobre o assunto.
