A ex-ministra Eliana Calmon, candidata ao Senado derrotada nas urnas, disse que apoia o candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, para "fortalecer a democracia". Ela votou na Associação Atlética da Bahia, pouco antes das 10h. "Não estou aderindo ao PSDB, mas não tem como votar em uma candidata que desconstruiu Marina Silva daquele jeito é impediu a criação da Rede Sustentabilidade".
A magistrada negou conversas sobre a possibilidade assumir algum Ministério em um eventual governo de Aécio Neves. "Não existe acordo desse tipo, mas como Marina ficou fora da disputa eu decidi apoiar Aécio", declarou à reportagem do Bocão News.
Sobre a existência de um racha com a senadora Lídice da Mata (PSB), que endureceu as críticas contra o PT no primeiro turno e agora decidiu apoiar a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à reeleição, Eliana Calmon foi taxativa. "A minha relação com Lídice é muito boa, porque Lídice nunca saiu de onde esteve. Ela sempre foi o que ela é. Lídice é ligada ao movimento de esquerda. Por uma circunstância de Eduardo Campos exigir uma definição do PSB no rompimento que teve com o PT, ela preferiu ficar com Eduardo Campos. Foi uma circunstância pontual e episódica".
A magistrada acredita que "as eleições deste ano serão muito disputadas e com participação maciça de todas as classes e de todas as categorias. É a primeira vez que vejo a mobilização das classes A e B se propondo a ser ativistas e participando. Isso é muito bom, é cidadania. É sobretudo acreditar em um processo eleitoral, mesmo diante de todos os problemas de compra de votos, de intimidação, que tivemos no primeiro turno, mas o povo está acreditando no processo de eleição. Isso é, sobretudo uma forma de evoluirmos como cidadãos. Porque aquilo que era próprio do PT e isso agora é geral", concluiu.
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