Coronavírus

PDT mantém candidatura própria em Salvador, mas Ciro quer Léo Prates focado no combate à Covid-19

Agência Brasil
Principal liderança do partido admite "peculiaridade" em situação da capital baiana, já que o pré-candidato da sigla é secretário de Saúde  |   Bnews - Divulgação Agência Brasil

Publicado em 30/04/2020, às 12h42   Luiz Felipe Fernandez


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Principal liderança do PDT, o candidato à presidência em 2022, Ciro Gomes, garantiu que o partido tem a intenção de disputar a prefeitura não só em Salvador, mas nos maiores municípios.

Ciro, no entanto, reconhece que há uma “peculiaridade” na capital baiana, que é o fato do pré-candidato do PDT, Léo Prates, comandar a secretaria de Saúde Municipal, pasta importante principalmente em tempo de combate à Covid-19.

“A diretriz nacional é de apresentar projetos com candidaturas próprias, mas em Salvador há uma peculiaridade: o nosso candidato é secretário de Saúde do município e queremos que ele dê 120% da força dele ao povo de Salvador, para atravessar [a crise]”, assegurou.

Durante participação em live do Grupo A Tarde, o ex-ministro reconheceu a “história de diálogo” do PDT com os petistas Rui Costa e Jaques Wagner, e reiterou que estas particularidades locais da Bahia precisam ser vistas com “respeito” e carinho.

Ciro elogiou o empenho do próprio governador Rui Costa e também do prefeito ACM Neto (DEM), que também já ensaiou uma aproximação com o PDT a nível nacional. Para o candidato derrotado ao Palácio do Planalto em 2018, ambos têm se esforçado para deixar de lado as “diferenças políticas” em prol do enfrentamento à pandemia do novo coronavírus.

O trabalho em conjunto de petista e demista pode ser uma das explicações para que Salvador se mantenha abaixo da média nacional das capitais, de infectados, óbitos e, principalmente, ocupação de leitos de UTI. Levantamento realizado por um grupo de pesquisadores de universidades federais e estaduais colocou Salvador fora da lista das capitais que estão próximas do colapso do sistema de saúde.

Sobre a manutenção do calendário eleitoral em meio à crise econômica e social provocada pelo surto de Covid-19, Ciro Gomes admite que não deve haver condições de mantê-lo em 2020. Para o ex-prefeito de Fortaleza, o relaxamento nas últimas semanas das medidas de distanciamento social vai impossibilitar o achatamento ideal da curva.

“Perdemos o passo de fazer o achatamento ter sido mais eficaz, embora tenha acontecido, mas não da forma importante que era  e estamos na pior hora, parecida com a hora da Itália: apertamos no começo, funcionou e estamos descomprimindo o isolamento social muito antes do tempo, já caiu pra menos de 50%. Isso significa que a nossa agonia vai ser mais longa […] se fizéssemos o isolamento radical e mantivéssemos a disciplina, a curva continuaria caindo e poderia ser retomado o calendário eleitoral”, lamenta.

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