Sempre citada como uma das áreas mais problemáticas em qualquer administração do Brasil, a Educação em Salvador ganha atenção especial de seis dos sete candidatos a prefeito da capital baiana. De acordo com levantamento do Bocão News, apenas Fábio Nogueira (Psol) não apresenta nenhuma proposta exclusiva para a área.
Prefeito e concorrendo à reeleição, ACM Neto (DEM) quer ampliar as Escolab – projeto da prefeitura com o Google. Além disso, o demista pretende expandir o acesso à educação infantil em tempo integral, ofertar matrícula em tempo integral para todas as creches da cidade.
O candidato quer ainda dar continuidade ao projeto “Nossa Rede”, reduzir taxas de distorção idade-ano e implementar extenso programa de formação continuada para a equipe pedagógica da Rede Municipal de Salvador, abrangendo os técnicos do órgão central e a equipe docente escolar.
Segunda colocada nas pesquisas, a candidata Alice Portugal (PCdoB) pretende reavaliar o fechamento das turmas do programa de Educação de Jovens e Adultos. Além disso, a comunista pretende criar escolas de educação especial na rede municipal, desenvolver a perspectiva de educação inclusiva como parte do projeto pedagógico, expandir a educação profissionalizante, priorizando os estudantes dos bairros populares e investir na formação e educação dos profissionais que atendem a pessoa idosa nos serviços públicos.
A escolha do próximo secretário de Educação da cidade, caso o candidato Pastor Sargento Isidório (PDT) vença, deve ser feita através de votação. De acordo com o programa de governo dele, o secretário será escolhido por “profissionais da educação e da sociedade civil organizada, escolhendo o melhor quadro, comprometido com a Transparência e competência na gestão da pasta, resguardando os princípios ético e meritocrático”.
Neotrabalhista, Isidório já adotou propostas do principal quadro do seu partido: Leonel Brizola. Ele quer promover a implementação da escola integral, com referência nos Centros Integrados de Educação Pública (Cieps), construídos por Leonel Brizola. Além disso, pretende inserir no currículo da escola a pauta sobre valores e princípios, que propiciem ao educando a sua real participação na sociedade, fomentar a cultura de paz nas escolas, com referência da qualidade pedagógica e disciplina do colégio militar, buscar garantir que pelo menos 95% das crianças com 8 anos de idade estejam alfabetizadas e firmar parcerias com governos estadual e federal e entidades privadas nacionais e internacionais.
Vice-prefeita de Salvador e candidata ao posto mais alto da administração municipal, Célia Sacramento (PPL) quer construir 50 novos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Além disso, Sacramento pretende implantar a educação integral para o Ensino Fundamental II, reestruturar a proposta pedagógica voltada ao atendimento de jovens e adultos, organizando um currículo voltado ao mundo do trabalho e que considere as diversidades, especialmente quanto às questões de gênero, raça e geração, incluindo lazer e cultura no processo educacional.
Assim como Isidório, caso eleita prefeita, a candidata quer firmar parcerias com outros entes federativos e promover a integração das atividades e serviços da área de saúde com faculdades de medicina e enfermagem.
Pregando o “pensamento diferente”, Cláudio Silva (PP) quer implantar um programa de incentivo à leitura voltado para a comunidade, a partir de escolas, jornadas, feiras e mostras. O candidato quer ainda criar uma rede de articulação permanente com associações de pais, grêmios escolares, moradores e lideranças comunitárias, com vistas à implantação de ações de participação da família na escola e gestão compartilhada de educação.
Silva pretende também estruturar serviços de vigilância e guarda do patrimônio escolar e articulação com governo do estado para melhoria da segurança pública no entorno das unidades do sistema municipal de educação.
Representante do PRTB em Salvador, Da Luz só apresentou três propostas para a educação municipal: creches para 100% das crianças, transformação de 100% das escolas municipais em colégios militares e transformação de 50% das escolas em tempo integral.
