Funcionários da limpeza em Camaçari fecharam o aterro sanitário do município, situado na Região Metropolitana de Salvador, nesta quinta-feira (10). A categoria protesta por melhores condições de trabalho no local e critica a administração da empresa Limpec (Limpeza Pública de Camaçari).
De acordo com os trabalhadores, o aterro sanitário está necessitando "urgentemente de uma completa reforma". Os caminhões de lixo levam mais de uma hora para conseguir descarregar os resíduos no local. Enquanto os funcionários protestavam e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Limpeza Urbana da Bahia estavam reunidos com o diretor-comercial da Limpec de Camaçari, Félix de Souza Filho, presenciaram um caminhão que ficou atolado das 8h às 13h no local.
"Fica muito complicado os trabalhadores exercerem suas atividades nessas condições. O que era para ser feito rapidamente e com praticidade, acaba sendo um processo desgastante e estressante para os trabalhadores. Além das precárias condições no local, as empresas estão tendo dificuldade de pagar em dia porque a Limpec não está repassando os salários (dos trabalhadores) às empresas. Não tem nem cobrar das empresas porque elas não estão recebendo da Sindec. Hoje paramos e eles vão ter que resolver", critica Edson Conceição, diretor do sindicato que representa a categoria.
A Prefeitura de Camaçari é detentora de 98% das ações da Limpec e os 2% restantes são partilhados entre a Conder e a Sudic. O diretor comercial da Limpec, Félix de Souza Filho também visitou o local, e admitiu que os problemas existem e que a empresa está se dedicando para melhorar as condições de trabalho dos funcionários da limpeza urbana.
O aterro recepciona diariamente, para tratamento e destinação final, todos os resíduos sólidos urbanos de Camaçari e de outros municípios, e os resíduos sólidos industriais oriundos das áreas do Pólo Petroquímico de Camaçari e outras áreas industriais localizadas no Estado da Bahia.
Atualmente é o único autorizado pelos órgãos ambientais para receber e tratar os resíduos industriais - Classe II A – Não Inertes, das áreas industriais localizadas no Estado da Bahia, além de poder contar com uma Estação de Tratamento de Efluentes Líquidos de nível internacional - a Cetrel.
A vida útil da sua área está prevista para mais 15 anos de operação regular. A recepção diária fica em torno de 700 toneladas por dia.
Publicada no dia 10 de julho de 2014, às 14h58
