O Furdunço veio para ficar. De perto, o prefeito da cidade, ACM Neto (DEM), veio conferir a folia e durante coletiva contou seu orgulho pela festa. A prévia carnavalesca, oficialmente, abre o Carnaval no Brasil e para Neto não restam dúvidas de que o Furdunço abre alas: "Esse é o primeiro ano e tenho certeza de que consolidaremos essa ideia nos próximos para que o Carnaval comece no domingo, aqui em Salvador. Além disso, o evento vem com uma grande importância econômica para a cidade, garantindo uma permanência de turistas e a ampliação do calendário do Carnaval".
O prefeito disse ainda que a quantidade de foliões registrados hoje na Barra é uma demonstração do sucesso da ideia do Furdunço, o que aumenta o desejo dele em consolidar o movimento para os próximos anos. Outro ponto questionado pelo prefeito, relacionado ao sucesso da festa, foi o clima de paz que o evento registrou até a tarde deste domingo (08).
"O clima do Carnaval de Salvador tem que seguir esse exemplo de paz e o Furdunço trás essa proposta diferente. Manifestações espontâneas, minitrios, bandas de fanfarras, entre outros movimentos, possibilitam que o folião possa interagir de uma maneira muito mais tranqüila e em segurança. Fico feliz de ver os foliões curtindo sem nenhuma ocorrência e é esse clima que queremos para o Carnaval de Salvador".
De acordo com o administrador da cidade, o Furdunço foi uma ideia que nasceu no ano passado com o objetivo de permitir que o folião pipoca - que necessariamente não gosta de estar atrás do trio ou dentro do camarote - pudesse ir à rua de uma maneira mais espontânea: "E deu super-certo. Por isso escolhemos o domingo, abrindo o carnaval do Brasil. E que essa ideia permaneça em 2016, sendo estendido para mais dias. O importante é que o Carnaval de Salvador vai se tornando cada vez mais o Carnaval da participação popular, da integração das pessoas e da espontaneidade", afirmou Neto, acrescentando ainda que o Carnaval de Salvador é a rua": "Precisamos resgatar esse Carnaval na rua. Que esse ano que o axé completa 30 anos, traga a renovação do Carnaval e que se prolongue por muitos anos de vida".
Bastante seguro, ACM Neto enfatizou que, depois de tantos anos, o Carnaval precisa se renovar: "Não existe Carnaval em camarote. Ele passa pela rua e precisa da participação popular, vendo o folião brincar atrás do trio, minitrio ou banda de fanfarra. Se esse movimento se consolidar pode significar a abertura de um novo momento do futuro do Carnaval de Salvador".
Publicada no dia 8 de fevereiro de 2015, às 17h29
