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GGB rebate declaração de Kannário de que vaias no carnaval partiram dos gays

Publicado em 23/04/2016, às 08h09   Redação Bocão News (@bocaonews)


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Marcelo Cerqueira, presidente do GGB

Em recente entrevista onde falou sobre alguns shows que realizou pela Europa, o cantor Igor Kannário também discorreu sobre alguns assuntos polêmicos, com destaque para as vaias que recebeu quando participou do bloco da cantora Claudia Leitte no Carnaval deste ano, em Salvador. Diante disso, o Grupo Gay da Bahia resolveu rebater publicamente, através de nota oficial postada em seu site, as declarações do Príncipe do Gueto. “Considero um equívoco ele utilizar a expressão ‘hipocrisia’ no sentido de que nós, LGBT, somos hipócritas, mas acho positivo quando ele reconhece que sofremos preconceito a todo momento, e sofremos sim. A cada 28h um LGBT é assassinado no Brasil, vítima da homo, lesbo, trasfobia. Somos difamados, caluniados, preteridos e exterminados pela intolerância da sociedade que, mesmo diante dos avanços, nos considera indivíduos de segunda categoria”, afirma a nota assinada por Marcelo Cerqueira, presidente da entidade.

Em seguida, ele explica: “o que houve no carnaval junto com a cantora Claudia Leitte, no bloco Largadinho, foi natural, ninguém podia impedir uma manifestação daquela, considerando que as pessoas que estavam no bloco compraram o abadá para ouvir Claudia Leitte. Esse tipo de manifestação ocorreu em outros blocos, em que outros cantores foram vaiados, isso se dá pelo nível de exigência dos foliões, que compram esse produto no carnaval e querem ter a melhor experiência possível”.

Cerqueira reitera que considera injusto Kannário acusar os LGBTs pelas vaias recebidas: “Ele não pode afirmar isso, que as vaias partiram dos gays. Necessariamente o bloco não é LGBT, ainda havia turistas, homens, mulheres, jovens, uma grande variedade de foliões. A questão toda é relacionada ao momento e ao público, que comprou o abadá, e, de repente, Claudinha aparece com ‘o cantor pássaro’. Ninguém entendeu nada, inclusive porque os foliões não sabiam que iria ter Kanário. Assim, quando Igor começou a cantar, começou o tumulto, o empurra-empurra, ele ‘sentou a madeira’ de cima do trio e a galera desceu toda, apertando os foliões do Largadinho, que ficaram apavorados”.

Por fim, a nota destaca que “Igor Kannário participou, em 2013, da Parada do Orgulho LGBT da Bahia, e foi ovacionado pelo público LGBT, o que se pode constatar nos vídeos no YouTube, onde mostram a grande animação desse público. Ele desfilou como convidado da Deusa Feiticeira, nós não sabíamos da ida dele, se soubéssemos, sem dúvida convidaríamos para vir ao nosso trio oficial, especialmente por conta do preconceito de alguns contra ele e ao seu estilo musical”.

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