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“Não entrar em cena é estranho”, diz Lelo Filho sobre paralisação de espetáculos

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Lelo explica que tem se mantido na ativa, exibindo via internet espetáculos gravados durante toda sua carreira   |   Bnews - Divulgação Arquivo BNews

Publicado em 21/01/2021, às 20h42   Redação BNews


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O ator, diretor, produtor e dramaturgo Lelo Filho foi o entrevistado do Jornal da Cidade – 2ª edição, apresentado por José Eduardo na noite desta quinta-feira (21), na Rádio Metrópole. Entre os temas abordados estavam as dificuldades enfrentadas por atores e demais profissionais envolvidos com espetáculos teatrais durante a pandemia.  

“O teatro só existe por causa da relação entre ator e plateia, não entrar em cena é estranho. Me preocupa a situação de cada membro da equipe, eu sempre digo que não tenho como fazer nossas comédias agora mesmo que as plateia sejam reduzidas, a gente não só sente falta mas tem a preocupação com a camareira, técnico de som, ator, funcionários do teatro, toda essa cadeia. A gente sente falta de todo mundo, de toda equipe que o teatro envolve”, disse.

Lelo explica que tem se mantido na ativa, exibindo via internet espetáculos gravados durante toda sua carreira. “Tenho conversado com produtores do Brasil inteiro e está muito complicado, eu tenho me mantido na ativa, estamos levado peças bem conhecida pelo público em todo o Brasil, acho que a gente tá tentando achar uma maneira de sobreviver e nos manter conectado com nosso público”.

Sobre a possibilidade de fazer espetáculos em Salvador, Lelo disse que os custos vão ser os mesmos, independente da quantidade de espectadores, o que acaba não compensando. “Realizar um show é possível com a perspectiva de cada lugar, como estão os hospitais daquela região. Nenhum teatro abriu, funcionou, se você faz para 100, 200 pessoas, quem vai pagar a conta? Os valores não vão diminuir porque tem menos pessoas, são os mesmos equipamentos que vão estar em funcionamento”, pontuou. 

O ator também chamou atenção para a forma como boa parte da população tem se comportado diante da pandemia. “Parece que não está acontecendo nada, parece que não tem pandemia nenhuma, vejo uma boa aparcela das pessoas circulando sem a máscara, não tem educação”. E cita o caos em Manaus. “Parece que o que está acontecendo em Manaus não é no Brasil, mas são nossos irmãos, são brasileiros que estão passando por essas dificuldades e podem acontecer com outras cidades a exemplo de Salvador”.

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