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Patrocinadores do BBB querem que abusos psicológicos sejam punidos nas próximas edições

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Diferente dos outros anos, a emissora tem mostrado seu posicionamento diante de assuntos polêmicos   |   Bnews - Divulgação Reprodução / Globoplay

Publicado em 07/04/2021, às 12h28   Redação BNews


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O comportamento da Globo vem surpreendendo quem assiste ao BBB 21. Diferente dos outros anos, dessa vez, a emissora, através do apresentador Tiago Leifert, tem mostrado seu posicionamento diante de assuntos polêmicos e delicados, que estão vivenciados dentro do reality show neste ano.

Nesta terça-feira (7), antes da eliminação de Rodolfo, o apresentador fez um discurso sobre o caso de racismo ocorrido na casa, quando o cantor comparou o cabelo do professor João a um peruca do 'castigo do monstro' que era uma fantasia de homem das cavernas.

Antes, Leifet já tinha falado abertamente com os brothers sobre outro tema, que foi a homofobia, após a saída de Lucas Penteado. Neste último discurso, ele motivou a mudança para as próximas edições do programa. "Que oportunidade nós estamos tendo de não deixar que isso aconteça no 'BBB 22'. Tá bom, já. Já deu. Bora pra frente", disse o apresentador.

Ao que parece, essa postura vem de uma cobrança dos patrocinadores, conforme informações divulgadas pelo o colunista Maurício Stycer, do Uol. Segundo a publicação, em um encontro promovido pela agência Wunderman Thompson, representantes de duas marcas que têm investido fortemente no "BBB 21", Avon e Coca-Cola, fizeram um balanço positivo do agitado "BBB 21". Entre as ressalvas, no entanto, estava a expectativa que o reality mude algumas de suas regras para em 2022 punir agressões e abusos psicológicos.

Danielle Bibas, vice-presidente de marketing da Avon, contou que a desistência de Lucas Penteado motivou uma série de conversas com a Globo. "Uma das conversas que a gente teve é que faz parte do regulamento do BBB que, se uma pessoa agredir a outra, a direção do programa tem o direito de eventualmente expulsar esse participante. Agressão física. O tema que foi levantado é: até que ponto vai a agressão psicológica, que pode se tornar tão ruim ou pior que uma pessoa dar um tabefe na cara do outro", disse a executiva em entrevista ao colunista.

E acrescentou: "Existe uma discussão aí sobre quais são as regras nessa área - que é o assédio moral, o assédio psicológico, o racismo, a verbalização do racismo. O que pode e o que não pode? É delicado, é difícil, não é fácil. Tem muita gente cobrando a Globo e os patrocinadores sobre o que vai ser feito nesse caso. E eu acho que todos nós estamos aí para aprender e evoluir como o programa vai trazer essas discussões à tona de uma maneira saudável, que não vá gerar nenhum perigo para ninguém."

Poliana Sousa, líder de Coca-Cola na América Latina, manifestou posição semelhante: "A sociedade não tolera mais. E o palco de um programa desses, com alta visibilidade, alta exposição, também é palco para estas discussões. E realmente, todos estamos aprendendo. Acho que a Globo vai aprender e as coisas vão evoluindo com o tempo", disse.

E falou da expectativa de mudanças: "A gente é contra qualquer tipo de discriminação e a gente vai estar junto com a Globo nesses aprendizados e entender como precisa evoluir, que é o ponto da Dani. É importante o debate. E como isso pode gerar um aprendizado e uma reflexão em todos nós, o que é legal e o que não é legal".

Pensando em 2022, Danielle também falou sobre este ponto: "Eu acho que vai ter uma conversa. É impossível essa conversa não chegar à tona de quais são as regras e até onde vai o assédio psicológico dado o que aconteceu este ano. Acho normal que isso seja debatido e discutido dentro do programa e dentro da emissora."

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