A volta do cantor Tatau ao Araketu foi bastante festejada na tarde desta quinta-feira (5), em coletiva no Botequim São Jorge, em Salvador. Mas essa nova fase da carreira suscita muitas questões. Uma grande incógnita é a relação entre a empresária Vera Lacerda, dona da banda, e o cantor. Todos sabem que alguns artistas têm temperamento difícil. Mas nesse caso, a saída de Tatau do Ara teria acontecido porque a empresária, que comanda a banda com mãos de ferro, interferia muito no trabalho. Mas será que depois de quatro anos o comportamento da dupla mudou? Será que o Araketu vai retomar a carreira de sucesso que teve nos anos 90?
Só o tempo mesmo vai ajudar a descobrir a resposta para essas perguntas, mas o fato é que todo recomeço é difícil. Tanto que a banda vai gravar um CD na Concha Acústica do TCA e fará ensaios no Clube Fantoches. Quem fica sabendo disso pensa no seguinte ditado: “Quem era Naninha...”. Pois é, a banda Araketu foi uma das pioneiras em realizar ensaios e lotar os espaços por onde se apresentava. Agora, depois de vários anos sem emplacar músicas nas paradas do sucesso, o grupo volta com show na Concha. O espaço é legal e aconchegante, mas nada comparado aos grandes clubes que o Ara lotava quando fazia shows na época áurea.
Além dos problemas artísticos tem a questão jurídica. Sabe-se que a saída de Tatau não foi nem um pouco amigável e, comenta-se nos bastidores, até hoje a relação dele com Vera Lacerda é estremecida. Tanto que durante a coletiva os confetes do artista foram todos para os empresários Paulo Borges, Manoel Castro e Cal Adan. Na esfera jurídica, a banda enfrenta batalha judicial com ex-músicos. Aliás, um deles entrou hoje, ao vivo, na rádio Metrópole para reclamar seus direitos. Considerando essas questões, fica difícil acreditar que a banda voltará – com Tatau – a ser o Araketu que levou para o mundo os sucessos “Minha Razão de Viver”, “Mal-Acostumado”, “Amantes”, “Face Oculta”, “Sempre Será” e “Carta Branca”.
Foto: Gilberto Júnior // Bocão News
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