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Atriz da Globo vai receber R$ 80 mil de indenização após ataques de militares; entenda

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Justiça aumenta indenização para Cacau Protásio após ataques gordofóbicos e racistas durante gravação de filme  |   Bnews - Divulgação Reprodução TV Globo
Juliana Barbosa

por Juliana Barbosa

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Publicado em 26/12/2023, às 12h47



A Justiça do Rio de Janeiro decidiu elevar a indenização que o Estado terá que pagar à atriz Cacau Protásio por danos morais após ataques gordofóbicos e racistas durante a gravação de cenas de um filme no Quartel do Corpo de Bombeiros. O valor, que inicialmente era de R$ 30 mil, foi aumentado para R$ 80 mil. O caso gerou grande repercussão quando áudios com ofensas racistas, gordofóbicas e homofóbicas de militares da corporação contra a atriz vieram à tona. As informações são do colunista Ancelmo Góis.

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A Justiça considerou a gravidade dos ataques sofridos por Cacau Protásio e decidiu pelo aumento substancial da indenização, reafirmando o repúdio a atitudes discriminatórias. Em nota oficial, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro também repudiou as atitudes dos militares envolvidos e informou que abriu procedimento interno para apurar a conduta dos responsáveis pelos ataques.

A atriz, além de receber apoio de fãs e colegas de profissão, aproveitou para destacar a importância de combater o racismo e a necessidade de mais compaixão entre as pessoas. O episódio levanta reflexões sobre a persistência do preconceito em diversos setores da sociedade e destaca a importância de se promover a conscientização e o respeito à diversidade.

Relembre o caso

O episódio aconteceu após a atriz, conhecida por seu trabalho em "Vai que Cola," gravar cenas para o filme "Juntos e Enrolados" no quartel, em Novembro de 2019. Em um vídeo publicado em sua conta no Instagram, Cacau Protásio relatou o ocorrido, destacando que as ofensas partiram de um bombeiro que, ao invés de entender que se tratava de uma cena de ficção, espalhou um vídeo com áudio ofensivo.

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"Eu estou fazendo um filme, que eu faço um bombeiro, sargento, e domingo, eu fui filmar no batalhão de bombeiros no Centro da cidade. Fui super bem recebida, bem assessorada, sendo que tem um bombeiro que fez um vídeo de uma cena solta e espalhou por aí. Em momento algum ele desceu para saber o que estava acontecendo, o que era, e a cena que ele postou é o pedaço de uma cena que é um sonho do meu superior. Eu faço um filme, eu conto história, aquilo ali é uma ficção, não é realidade. E ele espalhou o vídeo com um áudio me chamando de negra, gorda, fdp, aquela cambada de viado... Racismo é preconceito, se vocês não sabem, se ele não sabe, e isso é muito triste. Não entendi porque tanto ódio", afirmou a atriz."

No longa, a atriz interpreta a bombeiro sargento Diana e divide a cena com Marcos Pasquim. Antes de saber que era alvo de comentários racistas por conta de alguns da corporação, Cacau postou uma foto no quartel com a seguinte legenda: "Eu gostaria de agradecer ao CBMERJ, na praça da República, por nos receber muito bem hoje, nos assessorou em todos os momentos. Muito obrigada! Essa corporação tem meu respeito, eu estou amando fazer uma Bombeiro Sargento Diana! Obrigada Deus, mais uma história linda para contar! Eu quero homenagear os Bombeiros maravilhosos da minha família @clvalente e @dirceuprotasio. Parceiro @pasquim, eu amei nosso dia", escreveu.

Classificação Indicativa: Livre

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