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Jacaré afirma que já sofreu preconceito durante época do É o Tchan: “Eu chorava no camarim”

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O dançarino disse se sentia mal porque TV’s só mostravam os órgãos genitais  |   Bnews - Divulgação Reprodução / Redes Sociais

Publicado em 24/11/2020, às 12h11   Redação BNews


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Um dos grupos mais famosos de pagode da Bahia, o É o Tchan foi sucesso nos anos 90, assim como os integrantes da banda. O carismático dançarino Edson Cardoso, mais conhecido como Jacaré, relembrou durante uma live no Instagram, que já sofreu bastante preconceito na época que dançava, principalmente por ser negro e, ao se apresentarem, as televisões só mostravam Carla Perez. “Éramos quatro negros, eu, Beto (Jamaica) e Compadre Washington, e chamavam sempre a mulher loura, e não a Débora (Brasil, a primeira ‘morena’ do Tchan). E todo o grupo ficava triste, muito triste. Poxa, a gente batalhou tanto, ensaiava, criava, e os caras fazem isso, jogava só para uma pessoa. Eu chorava no camarim”, comentou.

Jacaré ainda completou dizendo que seu maior sonho era dançar, mas, muitas vezes, o seu corpo era objetificado em frente às câmeras, principalmente por ser um homem negro com corpo que chamava a atenção. “Teve momento de ir para programa de televisão e eu não querer fazer aquilo. Chorava no camarim. Velho, só queria dançar. Não quero que as pessoas olhem para o meu órgão genital, para a minha bunda, minha barriga... Quero que vejam o movimento inteiro, a coreografia que eu passei horas tentando criar", disse em entrevista ao portal Men do Not Dance.

Hoje, casado com Gabriela Mesquita desde 2016, que é gestora financeira, pai de um casal, diz que ir para o Canadá foi um desafio e desistiu totalmente da vida artística, apesar de gostar bastante de dançar.  "Não vivo mais essa vida artística, não danço mais, não atuo mais. A vida aqui em Toronto é um desafio. A língua, por exemplo. O inglês é uma barra pra mim.”

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