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GloboNews faz repórteres acumularem funções e gera polêmica na web; entenda

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A emissora adotou o uso do chamado 'Kit Miojo', onde repórteres se filmam durante entradas ao vivo  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 16/04/2023, às 08h24


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Os repórteres da GloboNews já devem estar começando a sentir saudades dos cinegrafistas e parceiros de pautas. Isso porque a emissora adotou um formato em que os jornalistas estão acumulando as funções, utilizando o chamado 'Kit Miojo', passando a usar celular para se filmar durante entradas ao vivo.

Segundo informações divulgadas pelo colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles, a direção de jornalismo informou que os profissionais de Brasília terão um treinamento do novo formato, que já é uma realidade em emissoras como CNN Brasil e a Jovem Pan.

Até então, a prática não foi confirmada nas praças de São Paulo e Rio de Janeiro. No entanto, o formato já foi utilizado em coberturas especiais, como da morte de George Floyd, nos Estados Unidos, e algumas situações específicas em Brasília mesmo. Porém, o uso do 'Kit Miojo' se tornará rotina.

O assunto rendeu discussão e polêmica nas redes sociais. O advogado Dayvson Moura provocou debate ao postar a foto que ilustra esta reportagem. Nela, uma repórter aparece segurando uma câmera enquanto participa de uma entrada ao vivo.

“Gente, isso não pode ser normalizado no jornalismo. A jornalista agora tem que ser operadora de câmera e repórter ao mesmo tempo?”, questionou Moura. "Em tempo, não conheço a jornalista da foto. Tenho certeza que meu tweet não a desmerece e nem a expõe de forma constrangedora. É uma batalhadora e tem minha admiração pela luta hercúlea para sobreviver nesse meio jornalístico. Meu abraço solidário, moça", completou.

O que diz a GloboNews
Procurada pelo colunista, a GloboNews fez pouco caso da polêmica e tratou com naturalidade a nova prática. “Toda a Globo usa o chamado Kit Mojo, uma tecnologia móvel que usa celulares. Recentemente, muitos repórteres chegaram a Brasília para trabalhar em pontos de vivo fixos. Houve reunião para apresentar a tecnologia a eles, que será acrescentada aos pontos de vivo fixos já existentes. Contratações de cinegrafistas, quando necessárias, não deixarão de ser feitas”.

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