Máfia do Spotify: Artistas e gravadoras são acusados de manipular números na plataforma; entenda

Parece que os números conquistados por alguns artistas no Spotify não são tão verdadeiros quanto parecem. Segundo informações obtidas pelo jornalista Leo Dias, gravadoras famosas estão contratando robôs para ouvirem as canções de seus cantores ou bandas, a fim de colocá-los no top 200 do aplicativo de streaming. 

A “máfia do Spotify” acontece quando os bots/robôs são conectados à plataforma musical e criam salas, chamadas de “fazendas digitais”, que ligam cerca de 15 a 20 mil aparelhos executando as mesmas funções de um ouvinte do aplicativo, como se fossem pessoas reais.

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Esse esquema aumenta o impulsionamento e credibilidade do famoso na mídia, fazendo com que ele seja convidado para realizar ações comerciais e se apresentar em programas de rádio e TV. Além de gerar um faturamento de 2 a 3 milhões de reais mensais para os donos das gravadoras.

Em nota enviada ao portal de Leo Dias, a equipe do Spotify informou que implantará um esquema de checagem dos números. “Como um novo impeditivo, em breve começaremos a cobrar das gravadoras e dos distribuidores quando streaming artificial flagrante for detectado em seu conteúdo. Nós acreditamos que isso irá deter gravadoras e distribuidores de continuarem a distribuir música de maus atores”, informaram.

“Streaming artificial é um desafio de toda a indústria e algo que o Spotify está trabalhando duro para combater. Sempre haverá maus atores tentando manipular o sistema em todas as plataformas de streaming, incluindo Spotify. Continuaremos evoluindo nossos processos para combater a manipulação de streams no Spotify e proteger os artistas legítimos em nosso serviço”, explicaram.

Entretanto, a descoberta desse esquema traz uma dúvida aos fãs de artistas brasileiros com relação a veracidade dos números de reproduções na plataforma, já que muitos cantores passaram a investir em ações voltadas para o Spotify e deixaram de lado a divulgação orgânica das músicas.