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Ó Paí Ó 2: Lázaro Ramos fala sobre processo criativo de personagem e ressalta papel social do filme

Joilson César
Em entrevista exclusiva ao Bnews, ator falou sobre o filme que tem pré-estreia entre sábado (18) e segunda (20) nos cinemas da Bahia  |   Bnews - Divulgação Joilson César
Juliana Barbosa e Marco Dias

por Juliana Barbosa e Marco Dias

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Publicado em 16/11/2023, às 12h16


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Prestes a ser lançado oficialmente nos cinemas de todo o país, o filme ‘Ó Pái Ó 2’ tem atraído diversos baianos para sua pré-estreia.  Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (16), no cine Glauber Rocha, o renomado ator Lázaro Ramos, em um discurso apaixonado, abordou a sensibilidade estética de 'Ó Pai, Ó' e enfrentou críticas quanto à representação da Bahia.

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Destacando a sofisticação por trás dos personagens considerados "caricatos," Lázaro ressaltou a autenticidade das ruas baianas retratadas no filme. Ao discutir a evolução dos personagens, ele revelou planos para 'Ó Pai, Ó 2', que abordará novas pautas como saúde mental, criação de filhos e o impacto da tecnologia na sobrevivência. A resposta positiva do público em São Paulo fortaleceu a convicção de que a responsabilidade do grupo valeu a pena.

 Lázaro não apenas defendeu a relevância de 'Ó Pai, Ó' como também falou sobre a tão aguardada sequência do filme. Ramos, que interpretou um papel fundamental no projeto, abordou críticas em torno da estética e da representação baiana.

Contrapondo-se à ideia de caricatura, Lázaro enfatizou o apuro estético por trás dos personagens, explicando que eles capturam a autenticidade das ruas da Bahia, onde as pessoas buscam sobrevivência e atenção de maneira expressiva. Ao destacar a evolução dos personagens, o ator revelou detalhes sobre 'Ó Pai, Ó 2', uma abordagem atualizada que inclui temas como saúde mental, criação de filhos e o papel crucial da tecnologia na sobrevivência.

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Em entrevista exclusiva ao Bnews, Lázaro falou sobre o processo criativo para o personagem Roque:

“O Roque é um grupo de cantores e compositores que a gente conhece por aí, né? Tinha uma coisa com o primeiro filme, nesse filme não tem tanto assim, o Roque ele queria tanto chamar a atenção. Ele precisava tanto aparecer que qualquer oportunidade ele cantar Olavo, um pedaço de música dele, e eu lembro que tinha uma época aqui na Bahia, principalmente quando axé música começou. Várias pessoas queriam compor música. Estavam na rua e cantavam um trechinho de uma música de um negócio assim, para se vender. Então, o Roque ele surge daí. Depois ele vai se complementando com algumas memórias de alguns líderes comunitários aqui de Salvador, muito de uma mulher, inclusive dona Eugênia, que deu assessoria para o “Bye Bye Pelô” e que era uma Líder comunitária que agregava, que se juntava(...) Então, essas referências todas são que compõem um paiol. É, eu acho que é uma fidelidade, é o jeito que foi criada essa obra, não é? Ela sempre foi uma obra de escuta, mas do que a gente fala, tudo o que está em cena, desde o filme a peça a série foi através de uma escuta.”  

Mais de 15 anos depois do sucesso do primeiro longa, Ó Paí Ó 2 mostra Roque prestes a lançar sua primeira música. Enquanto isso, o cortiço de Dona Joana (Luciana Souza) continua agitado com a chegada de novos personagens. Já Neuzão (Tânia Toko) perde seu famoso bar, causando uma comoção geral e fazendo com que o grupo se reúna novamente para tentar recuperá-lo. O enredo se passa na preparação para a Festa de Iemanjá, uma das mais populares do calendário baiano. 

Classificação Indicativa: Livre

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