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Por que Globo, Google, Meta, Netflix e outros grupos de mídia estão demitindo?

Valter Campanato/Agência Brasil
Grupos de mídia mais tradicionais têm promovido grandes demissões em meio a forte concorrência  |   Bnews - Divulgação Valter Campanato/Agência Brasil

Publicado em 29/03/2023, às 10h20 - Atualizado às 10h25   Cadastrado por Daniel Brito


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Nos últimos anos, chamaram a atenção empresas gigantes do universo de mídia promoverem um número elevado de demissões. Com a chegada de diferentes plataformas digitais, a TV, antes considerada imbatível, passou a enfrentar uma forte concorrência.

Recentemente, em uma nova onda de cortes em seu quadrto de funcionários, a Globo encerrou vínculos permanentes, como Cléber Machado, que saiu após 35 anos de emissora, e a dupla Sandro Meira Ricci e Fernanda Colombo, da Central do Apito.

Além da Globo, Google, Meta (dona do Facebook e Instagram), Twitter, Amazon, Spotify, Disney, Warner Bros. Discovery, Paramount, Netflix e muitos outros gigantes de mídia promoveram cortes. A Amazon, recentemente,  anunciou mais 9 mil demissões e a Meta mais 10 mil. 

De acordo com o consultor digital Guilherme Ravache, da coluna 'Splash', no portal UOL, um fator relevante para essa mudança de panorama está na rede social TikTok, mais precisamente em seus números, e também em seus concorrentes.

Americanos com idade entre 18 a 24 anos passam em média uma hora por dia no TikTok, duas vezes mais do que no Instagram e Snapchat e mais de cinco vezes mais do que no Facebook.

"Dos 64 minutos que o americano médio gasta vendo mídias sociais todos os dias, 40 minutos são gastos assistindo a videoclipes, acima dos 28 minutos há apenas três anos, segundo estimativa da empresa de investimentos Bernstein", ressalta.

Segundo ele, o crescimento dos vídeos verticais no digital, houve pelo menos duas consequências: reter a atenção das pessoas está cada vez mais difícil e o inventário, espaço para mostrar publicidade, nunca foi tão grande, o que torna mais difícil a vida grupos de mídia mais antigos.

"Quanto maior a oferta, mais os preços caem. Então, anunciantes pagam cada vez menos para veicular publicidade. O YouTube, no ano passado, pela primeira vez em sua história viu sua receita com anúncios cair. O mesmo aconteceu na Meta. A Netflix também chocou o mercado ao reportar uma queda de assinantes em 2022", adiciona.

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