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Morte aos 77 anos: Relembre a trajetória de Gal Costa

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Gal Costa faleceu aos 77 anos, na manhã desta quarta-feira (9)  |   Bnews - Divulgação Divulgação
Tiago Di Araújo

por Tiago Di Araújo

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Publicado em 09/11/2022, às 11h22


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O Brasil se despediu, na manhã desta quarta-feira (9), de Gal Costa, aos 77 anos, considerada uma das mais importantes vozes da história da música brasileira. A morte foi confirmada pela assessoria da artista, mas a causa ainda não foi divulgada.

O falecimento interrompe uma trajetória artística, iniciada na década de 60, como uma revolução no cenário nacional, quando ainda era adolescente. A baiana se uniu aos conterrâneos Caetano Veloso, Maria Bethânia e Gilberto Gil, e integrou o grupo Doces Bárbaros.

O primeiro disco foi lançado em 1965, ao lado de Caetano, depois de deixar Salvador para morar no Rio de Janeiro. O compacto reúne alguns dos primeiros sucessos e também parcerias, como “Sim, Foi Você”, de Caetano e “Eu Vim da Bahia” de Gilberto Gil.

Ainda jovem, com pouco mais de 20 anos, participou do álbum "Tropicália ou Panis et Circensis", pedra fundamental do movimento tropicalista. O momento foi marcante por Caetano e Gil estarem exilados, dois dos seus principais compositores. “Chuva Suor e Cerveja”, “Como 2 e 2” e “Pérola Negra” foram algumas canções gravadas no álbum.

Logo depois, em 1971, fez um dos espetáculos de maior repercussão da história da MPB, "Fa-Tal", que viraria também um álbum cultuado. Quatro anos depois gravou a música "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi, o que lhe rendeu grande sucesso ao ser tema de abertura da novela Gabriela.

Já o final da década de 70 e início de 80, foi um dos períodos de maior repercussão da carreira de Gal, quando se consagrou como uma das maiores intérpretes da MPB. Entre 1979 e 1981,  lançou sucessos como “Balancê”, “Força Estranha”, “Índia” e “Meu Nome é Gal”, “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “É Luxo Só”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Camisa Amarela” e “No Tabuleiro da Baiana”. Outros tantos seriam gravados em seguida, a exemplo de “Meu Bem Meu Mal” e “Açaí”, do disco “Fantasia”.

A partir dos meados da década de 90, se dedicou a ressignificar grandes sucessos da carreira, sendo incluída, no início dos anos 2000, no Hall of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a entrar no Hall. Um novo álbum foi lançado em 2005, intitulado "Hoje", o que se repetiria somente seis anos depois, com o disco "Recanto". Com menos tempo, em 2015, reuniu grandes músicas em “Estratosférica”, lançado em três formatos – LP, CD e download. “Sem Medo, Nem Esperança”, “Casca”, “Anuviar”, “Ecstasy”, “Dez Anjos”, entre outras, foram incluídos no disco. 

Classificação Indicativa: Livre

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