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Saiba quem é a funkeira que com funk proibidão conquistou o 1º lugar nas paradas da Ucrânia

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O proibidão que fala de sexo, tem uma letra bem explícita: "xota está pegando fogo" e "o pau [de seu ficante] é o extintor"  |   Bnews - Divulgação Reprodução/ Redes Sociais
Letícia Rastelly

por Letícia Rastelly

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Publicado em 30/07/2023, às 20h16


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Conquistar espaço nas paradas de sucesso do seu próprio país já é difícil, mas imagina alcançar o primeiro lugar em um país super distante, com uma língua bem diferente? Foi esse feito que a curitibana Beatriz Alcade Santos, conhecida como Bibi Babydoll conseguiu na ucrânia com o funk "Automotivo Bibi Fogosa", que está nas listas Top 50 e Viral 50, ambas do Spotify, naquele país.

O proibidão que fala de sexo, tem uma letra bem explícita: "xota está pegando fogo" e "o pau [de seu ficante] é o extintor". Apesar de surpresa com o sucesso, Bibi sabe porque a música fez sucesso do outro lado do mundo. "A minha faixa ainda tem uma batida mais latida, com uma letra em português e uma vozinha suave. E tem também um sample de ‘Can You Feel My Heart’, da banda Bring Me the Horizon, que é algo a que eles estão familiarizados", explicou a funkeira em entrevista concedida a Folha de São Paulo. De acordo com Bibi, que já canta profissionalmente há sete anos, os elementos da sua música são comuns nos hits ucranianos, já que eles são conhecidos por enaltecer o rap e o eletrônico.

bibi

Bibi é formada em publicidade e propaganda, tem 24 anos, mora em São Paulo e tem como inspiração divas pop como Madonna e Lady Gaga. Além, é claro, de Anitta e até MC Pipokinha. A jovem, que tem produção independente até agora está vendo sua carreira crescer por causa das plataformas digitais, já começou a receber diversas propostas de produtoras e deve aceitar uma em breve, já que segundo ela, não aguenta “mais trabalhar sozinha".

A cantora, que já escuta comentários sobre a sexualização do corpo rebate. "Quem reclama disso é o brasileiro. Se ouvir grandes divas do pop nos Estados Unidos, tem coisas que são mil vezes piores, como Nick Minaj, Cardi B… é tão pesado, se não mais, que o nosso funk (...) As pessoas não deviam se preocupar tanto com isso e continuar ouvindo e consumindo se é o que elas gostam", relatou a curitibana.

Ainda na entrevista, ela falou sobre como a sua cidade natal é conservadora. "Eles não dão oportunidade para nada que é novo. Nunca gostei, tem muito 'coxinha'", reclama. "Eu quero mesmo representar isso: levar meu nome assim de curitibana para dar um murro mesmo em todo mundo daquela cidade que diz que eu não ia dar certo, que diz que eu era puta demais para fazer as coisas que eu fazia”, desafiou a jovem.

Classificação Indicativa: Livre

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