VÍDEO: Humorista baiano Matheus Buente reforça polêmica do acarajé rosa e "pede" respeito à cultura

Uma polêmica tomou conta das ruas de Salvador e também da internet nesta semana. Isso porque uma baiana de acarajé resolveu "modificar" o tradicional quitute para homenagear a estreia do filme da Barbie e criou o acarajé rosa, o que acabou dividindo opiniões.

Apesar de ter justificado se tratar apenas de uma brincadeira, a vendedora Adriana Ferreira dos Santos acabou desagradando a Associação Nacional das Baianas de Acarajé (ABAM). "É um patrimônio, não só o ofício, mas também o nosso acarajé. Para mim (o acarajé cor de rosa) também não é acarajé, é simplesmente um bolinho de feijão. E ela não pode ser chamada de baiana", criticou a presidente da entidade, Rita Santos.

GOVERNADOR DO RS

Eduardo Leite é criticado após "esquecer" de tragédia para se concentrar em sua própria imagem; entenda

DTE/ FEIRA

Investigadores prendem em flagrante homem que possuía cinco mandados de prisão e seu comparsa

Mas, a polêmica não parou por aí. Quem também reforçou a discussão foi o humorista e historiador baiano, Matheus Buente. Aclamado nas redes sociais por defender e explicar a história da Bahia de maneira popular, ele esclareceu o motivo do acarajé rosa ter sido mau visto.

Em um vídeo, compartilhado em seu perfil oficial do Instagram, o professor de história pediu respeito à cultura, que faz uma representação histórica às origens africanas presentes na Bahia. "Nem tudo tem que ser baseado no dinheiro. O acarajé ele é mais que bolinho de feijão frito, o acarajé ele é cultura viva", declarou.

Acarajé patrimônio nacional

O mais famoso quitute da culinária baiana foi tombado, em 2004, pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) como patrimônio nacional.

Seu tombamento está imbuído de grande valor social e simbólico, pois desde o seu preparo até a sua venda está associado à imagem da mulher preta, transvestida da indumentária de baiana, que vende tanto o acarajé quanto o tacacá, outro prato muito conhecido entre a gastronomia baiana.