Entrevista
Divulgação
Uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo e do Brasil, a PepsiCo, tem desenvolvido um forte trabalho de ESG em suas unidades, inclusive tendo essa agenda como centro das decisões de negócio. A ideia da empresa é promover uma cadeia produtiva mais sustentável e fomentar melhores escolhas para os consumidores, estabelecendo condutas e metas para a atuação da empresa em todos os seus mercados.
Quem conversou sobre esse assunto com o BNews foi Regina Teixeira, Diretora de Assuntos Corporativos da PepsiCo Brasil, trazendo um pouco das inciativas que foram tomadas pela transnacional nesse quesito, desde as ações relacionadas diretamente a sustentabilidade até as de governança e social.
De acordo com Regina, as ações relacionadas ao meio ambientes estão presentes “desde o acompanhamento das boas práticas dos fornecedores agrícolas, passando pelos processos nas fábricas para redução do uso de insumos naturais, como a água e o uso de energias renováveis; até uma logística mais sustentável, com caminhões movidos a gás natural e elétricos na nossa frota”.
Ainda de acordo com ela, “a PepsiCo busca avançar continuamente em boas práticas para as pessoas e para o planeta, de ponta a ponta de sua cadeia produtiva, e ainda contribuir para o desenvolvimento social e da economia brasileira. O olhar ao pilar social, também é outro ponto primordial da PepsiCo que atua interna e externamente pela promoção da diversidade e inclusão e esse ano foi reconhecida no ranking Ethos de Diversidade como a empresa mais inclusiva do setor de bens de consumo”, destacou a diretora.
Entre as iniciativas promovidas, no quesito preservação ambiental. Regina relata cita exemplos recentes de resultados atingidos pela empresa. “Por meio de um trabalho que estamos desenvolvendo há muitos anos, conquistamos, recentemente um importante marco na redução do uso de água nas nossas fábricas: a PepsiCo Brasil reduziu pela metade o total de água gasta por quilo de alimento produzido, de 4,6 litros (em 2016) para 1,97 litro (em 2022)”, detalhou a gestora, pouco antes de falar sobre as ações relativas ao plástico.
“No pilar de embalagens, a PepsiCo celebra a recuperação de mais de oito mil toneladas de plástico flexível pós-consumo, também chamado de BOPP (Polipropileno Biorientado), no ano de 2022. A PepsiCo ainda investiu nos últimos anos mais de R$10 milhões para a promoção de projetos de economia circular no país e apoio aos cooperados, por meio do programa Reciclo PepsiCo. A empresa também mantém uma parceria de mais de uma década com a Coopercaps Sul, cooperativa responsável pela coleta, triagem e destinação correta de resíduos em São Paulo, além de ações sociais e de educação ambiental. Em 2023, o projeto da PepsiCo com a Cooperativa incentiva a recuperação anual de 76 toneladas de plástico flexível. Além disso, possui parcerias para realizar a destinação correta de plástico flexível BOPP pós-consumo com a Yattó, por meio da qual já recuperou 50 toneladas do material”, explicou Regina.
Quando é analisado apenas a região Nordeste, um total de 41% do plástico flexível foi recuperado; estamos falando de aproximadamente 3,2 mil toneladas. Por meio de uma parceria com a eureciclo - empresa especializada em soluções estruturantes para a cadeia de reciclagem - a companhia já destinou este volume significativo de BOPP para uso pela indústria cimenteira, onde o resíduo é reaproveitado como combustível para os fornos das cimenteiras e também como matéria-prima do cimento.
Gestão de pessoas e governança
Quando o assunto é diversidade, a PepsiCo garante que há respeito e incentivo na empresa. “Promovemos a diversidade, em todas as suas formas, dentro e fora da companhia. Mantemos grupos de afinidade para mulheres, pessoas LGBTI+, pessoas negras, PcDs e 50+ e, por meio, da interação e escuta ativa desses grupos, estamos sempre evoluindo em nossas ações internas e externas e nos nossos benefícios. Exemplo disso é o nosso programa Minha Hora, que traz benefícios para as pessoas da companhia que desejam engravidar e oferece um reembolso anual de até R$ 25 mil, para tratamentos de reprodução assistida; como fertilização in vitro, inseminação artificial, além de congelamento de óvulos, entre outros procedimentos. O benefício é válido para todos funcionários, sem restrição de gênero, identidade de gênero ou orientação sexual - inclusive, os homens também podem solicitar o benefício para cobrir o tratamento de sua esposa”, contou Regina.
Para a gestora, a equidade de gênero também é fundamental. Desse modo, há equidade de gênero na empresa, com 49% de mulheres em posições de liderança no Brasil, sendo que o Comitê Executivo da companhia (C-Level) no país é composto por aproximadamente 60% de mulheres. “Quando falamos das nossas ações de diversidade racial nossa meta, no Brasil, é ter 30% de negros e negras em cargos de liderança até 2025. Atualmente temos cerca de 25%. Em 2019, lançamos o Programa de Mentoria para Negros, focado no desenvolvimento de carreira e na ampliação de horizontes para formar nossas lideranças negras do futuro. Nós também realizamos diversas ações internas e externas pela Diversidade e Inclusão, e hoje, 70% de nossas pessoas já passaram pelo Letramento racial, e teremos 100% da nossa população letrada até o final de 2023”, garantiu a diretora.
Regina fez questão de relatar outras ações desempenhadas por ongs apoiadas pela PepsiCo, que possuem projetos com temas como fomento à equidade racial, empreendedorismo feminino e combate à fome. “É o caso de uma parceria que mantemos com a Gastromotiva, que promove a geração de renda por meio da capacitação profissional e de bolsas de auxílio oferecidas para cozinheiros sociais e distribuição de refeições a pessoas em situação de insegurança alimentar das cidades do Rio, São Paulo, Curitiba e Feira de Santana. Investimos mais de R$2 milhões para a distribuição de refeições e compra de alimentos, além da doação de 100 toneladas de insumos”, detalhou a diretora.
Futuro
Para reduzir emissões de gases do efeito estufa em sua operação, a PepsiCo está com usinas termossolares instaladas em sua unidade de Feira Santana, na Bahia. Essa iniciativa irá economizar mais de 230.000 m3 de gás natural por ano, fazendo com que a empresa deixe de emitir 460 toneladas de CO2 nesse período; o equivalente ao plantio de cerca de 80 mil árvores.
Além disso, a transnacional implantou um projeto piloto de plantio diversificado entre as culturas de coco e do cacau, que oferece ganhos sustentáveis como regeneração do solo, otimização de áreas cultivadas e redução no consumo de água, tendo em vista ganhos sustentáveis, como regeneração do solo, otimização de áreas cultivadas e redução no consumo de água.
Segundo Regina, o projeto já viabilizou a plantação em 30 hectares e vai levar o plantio para outros 20 hectares em áreas de agricultores locais parceiros até o final de 2023. “O objetivo da iniciativa é contribuir para a agricultura regenerativa, mas principalmente, contribuir como uma possibilidade para aumentar a geração de renda dos produtores parceiros na região que adotarem o sistema. A partir da implementação do consórcio, a rentabilidade desses produtores poderá aumentar em cerca de 60% com a venda do cacau produzido em uma mesma área de cultivo, tendo em vista que os coqueiros promovem a sombra necessária para o crescimento do cacau”, projeta a gestora.
“Acredito que como uma das maiores empresas de alimentos e bebidas do mundo e do Brasil, temos e abraçamos a nossa responsabilidade em fazer parte da transformação social e usamos nossa escala e visibilidade para contribuir para acelerar essas evoluções, seja por meio de nossas ações corporativas; em nossas operações industriais; pelo acompanhamento das boas práticas junto aos nossos fornecedores, como também, nas ações das nossas marcas”, finalizou Regina.
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