Esporte

Marcelo Guimarães Filho detona presidente do Bahia: tem que pedir para sair

Publicado em 10/12/2015, às 22h26   Redação Galáticos Online (@galaticosonline)


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Em uma entrevista cheia de revelações bombásticas, o ex-presidente do Bahia, Marcelo Guimarães Filho não poupou críticas ao atual mandatário do Esquadrão, Marcelo Sant’Ana. Afastado do clube em 2013, o dirigente começou a conversa com a equipe dos Galáticos destacando uma manobra política que teria sido orquestrada por ninguém menos que o ex-governador Jaques Wagner.

“O que aconteceu na minha saída do clube foi um golpe. Não havia motivo para eu ser afastado como eu fui. Não existe um presidente sair por que levou uma goleada do rival. Eu fui chamado há dois anos atrás por Sidônio Palmeira. Ele me chamou para um almoço e me disse naquele momento que estava trazendo um recado do governo: que eu deveria renunciar senão sairia na justiça, Eu recusei e aconteceu tudo o que aconteceu e todo mundo acompanhou. Eles fizeram de tudo para me colocar contra o torcedor”, disparou, para em seguida surpreender: "O capitão do golpe foi o Jaques Wagner, junto com outras pessoas. E ele é  responsável pelo que está acontecendo hoje também”, contou.

Sobre o atual presidente do Bahia, Marcelo Sant’Ana, Marcelinho questionou as críticas que recebia quando o atual mandatário era jornalista e o criticava. Para MGF, os ‘erros’ apontados pelo então profissional da imprensa estão sendo repetidos agora.

“Ele mostraram a vocês os contratos que cobravam? Não mostraram. É com muita tristeza que eu vejo o clube hoje. Não ‘como’ essa conversa de estar bem administrativamente. O clube tem que dar alegrias para o torcedor, subir para a primeira divisão. Não existe o clube estar com boa gestão administrativa e estar mal em campo. As duas coisas estão intimamente ligadas”, analisou Marcelinho, que não parou por aí.

“O atual presidente falava muito na época que eu era presidente. Subi com um orçamento de 6 milhões por ano e ele com um orçamento superior a 100 milhões ficou em 9º colocado. Tem que pedir para sair”, decretou.

As fortes declarações não pararam por aí. Confira outros temas abordados na entrevista:

Polêmica sobre centros de treinamento

Enquanto eu fui presidente o Bahia ficou 4 anos na Série A, com o Vitória ficando dois na Série B. Deixei o CT pronto, deixei 40 milhões em transcons disponíveis parta o Bahia utiliizar.

Orçamento para 2016

O Bahia hoje está na Série B, por dois anos seguidos agora. O Bahia receberia R$ 53 milhões, mas vai deixar de ganhar R$ 20 milhões deste dinheiro por ter ficado na segunda divisão. O Goiás por exemplo, que vai ser rival do Bahia, vai ter esse acréscimo e vai ter maior orçamento.

Ídolos liberados

Liberaram os ídolos que falavam que o time precisava, e eu tinha trazido. Liberaram Marcelo Lomba, que eu trouxe, e agora não conseguem nem convencer o jogador a ficar. Titi, melhor zagueiro que o time tinha, que eu trouxe, liberaram também.

Volta ao Fazendão

Eu não tenho pretensão de voltar ao clube agora, mas sou jovem, daqui a 5, 10, 15 anos, quem sabe? O Bahia não vai deixar nunca de sair do nosso sangue não é?

Hegemonia do futebol baiano

Na época que eu era presidente recuperamos a hegemonia do futebol baiano. Hoje quem manda no futebol da Bahia, eu tenho que falar, é o Vitória, que está na Série A. Até esportes olímpicos, que eu investia, o Vitória está dominando e o Bahia nem se movimenta. Quando eu era presidente até no Jiu-jitsu o Bahia era forte.

Judiciário baiano

Respeito muito o judiciário baiano, mas algumas pessoas se deixaram levar (no processo de intervenção). Inclusive o juiz que foi responsável pelo processo está sendo investigado por corrupção.

Classificação Indicativa: Livre

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