Esporte

O caminho do pódio - Vanderlei Cordeiro, bronze exigiu mais esforço que o ouro

Publicado em 10/05/2016, às 11h11   Agência Brasil



Mais do que medalhista, Vanderlei Cordeiro de Lima entrou para a história dos Jogos Olímpicos graças a um infortúnio durante a maratona de Atenas, em 2004. Vanderlei liderava a prova quando foi agarrado pelo irlandês Cornelius Horan, que invadiu a pista a apenas 7 km da linha de chegada.
O episódio lhe custou a vitória. E o bronze exigiu mais esforço do o ouro. Enquanto os competidores à sua frente cruzavam a linha de chegada no Estádio Panathinaiko extenuados, Vanderlei corria seus últimos metros de braços e sorriso abertos, fazendo um “aviãozinho” em comemoração.
O ouro não veio, mas o bronze brilha no peito de Vanderlei junto com uma medalha ainda mais valiosa, a medalha Pierre de Coubertin, a maior honraria olímpica concedida a um atleta. A homenagem é prestada a atletas que representam o verdadeiro espírito olímpico.
A carreira do ex-maratonista de 46 anos é repleta de conquistas. Antes de Atenas, Vanderlei já tinha vencido maratonas em Tóquio e em São Paulo e já tinha conquistado o ouro nos jogos Pan-americanos de Winnipeg, em 1999, e Santo Domingo, em 2003.
“Às vezes eu falo, acho que precisou um fato tão relevante como aquele para ter esse reconhecimento dentro do meu país”, diz o atleta. Para ele, o Brasil precisa ver o esporte de uma outra maneira e os Jogos Rio 2016 podem ajudar. “Esse evento está aí para fazer com que possamos ter uma visão diferente do que é esporte, que vai além do futebol. […] O brasileiro só vê o esporte no resultado, muitas vezes não conhece a vivência no esporte”, disse Vanderlei à Agência Brasil.

Classificação Indicativa: Livre

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