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Suspenso por um ano

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O goleiro do Bahia foi julgado nessa terça pelo STJD  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 20/10/2010, às 08h24   Thiego Souza


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Em mais de uma hora de julgamento o goleiro Renê, do Bahia, recebeu a notícia que não queria ouvir: foi punido pelo STJD. Em julgamento realizado na noite desta terça-feira (19), o arqueiro acabou sendo condenado por maioria dos votos com a pena de um ano de suspensão. O camisa 1 do tricolor foi julgado pela Segunda Comissão Disciplinar e teve como auditor relator, Marcelo Aparecido Tavares. O goleiro foi defendido pelo advogado Paulo Rubens.
Renê foi flagrado no exame antidoping com a substância “furosemida” após a partida contra a Portuguesa, no dia 28 de agosto. Ao ser detectada a irregularidade o jogador foi suspenso preventivamente por 28 dias.
O goleiro do Bahia foi julgado coim base no artigo 2.1 (presença de substância proibida em uma amostra colida) do Código Mundial Antidoping, mas não foi denunciado pois não quis realizar contra-prova e assumiu toda a responsabilidade pelo uso do medicamento Lasix.
Visivelmente emocionado, o goleiro deu sua versão sobre o fato. “Na semana do jogo com a Portuguesa aconteceu o doping. No jogo da Ponte Preta fui comunicado sobre isso e fiquei surpreso, sem chão. Nunca imaginava que isso ia acontecer na minha carreira. Sempre aconselhei os jogadores quanto a isso e acabou acontecendo comigo”, afirmou.
A mulher do goleiro também prestou depoimento sobre a situação e afirmou que a medicação era sempre ministrada por ela , tendo sido indicada por sua sogra devido às queixas de fortes dores de cabeça do marido. “Estou me sentindo péssima, porque não é fácil pensar que posso ter prejudicado a carreira dele”, disse Roberta.
O médico Marcelo, que acompanhou o goleiro no julgamento, comentou sobre o medicamento usado por Renê e deixou claro que pode ser até prejudicial ao jogador, devido aos seus efeitos colaterais, como a perda potássio e a ocorrência de câimbras. 
De acordo com o médico, a notícia do doping de Renê causou-lhe surpresa, pois sempre tem buscado mostrar os prejuízos do uso de medicamentos, especialmente sem prescrição médica, alertando para os efeitos. "Antes dos jogos pergunto sempre se os jogadores fizeram uso de algum tipo de remédio", assinalou. 

Em defesa do goleiro, o advogado Paulo Rubens afirmou que Renê não fez uso do medicamento com a intenção de se drogar ou no intuito de melhorar seu desempenho em campo, mas sim por sofre de fortes dores de cabeça. Disse, ainda, que toda a Bahia estava torcendo pela absolvição do goleiro. O discurso do advogado não aliviou a pena imposta ao atleta. Os auditores decidiram condenar o arqueiro tricolor que não jogará mais em 2010 e ficará bom tempo de 2011 fora dos gramados, já que foi suspenso por um ano.

Foto: STJD

Classificação Indicativa: Livre

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