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Só 9 técnicos da Série A poderiam seguir no clube; dupla BaVi não está na lista

Publicado em 30/05/2017, às 08h38   Redação BNews


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Apenas nove treinadores de times da Série A do Campeonato Brasileiro estariam aptos a trabalhar no torneio se já estivesse em vigor o regulamento estabelecido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) neste ano, que obriga os técnicos a obterem licenças de especialização na área, de acordo com o jornal Folha. A regra passará a valer a partir da temporada 2019.
De acordo com levantamento realizado pelo jornal, Marcelo Cabo (Atlético-GO), Roger Machado (Atlético-MG), Eduardo Baptista (Atlético-PR), Claudinei Oliveira (Avaí), Jair Ventura (Botafogo), Vagner Mancini (Chapecoense), Fábio Carille (Corinthians), Zé Ricardo (Flamengo) e Milton Mendes (Vasco) já concluíram ou estão em fase final de conclusão de cursos de nível suficiente para comandar times profissionais, como estabelecido pelo regulamento.
A dupla Bahia e Vitória não aparece na lista. A reportagem detalha que o atual técnico do Bahia, Guto Ferreira, é formado em Educação Física pela Unimep. O jornal também questionou o técnico do Vitória, Dejan Petkovic, sobre a formação, mas ele não quis responder.
Desde 2015, são oferecidos pela CBF quatro cursos (Licença C, B, A e Pro), que prepararam os técnicos para atuar em vários níveis, de escolinhas de futebol (C) a times profissionais (A e Pro). Mas mesmo antes disso, desde 2009, a confederação homologava cursos equivalentes que eram feitos por terceiros.
Hoje não existem restrições para uma pessoa trabalhar como treinador no país. Além dos profissionais que já obtiveram a licença, a confederação também aceitará que os clubes contratem profissionais que estejam matriculados em seus cursos ou programas equivalentes.
A reportagem apurou, porém, que caso muitos técnicos não consigam obter a licença, a regra pode ser flexibilizada com a concessão de licenças especiais para treinadores com experiência reconhecida e até com o adiamento da aplicação da regra.
A Conmebol planeja adotar regra semelhante em 2021. Apesar de virar obrigatório para a Série A a partir de 2019, a certificação da CBF ainda não é reconhecida pela Uefa. Técnicos brasileiros não podem trabalhar na Europa. A situação deve ser modificada. Desde 2016 a CBF busca a equivalência das suas licenças com as europeias.
Maurício Marques, coordenador dos cursos da CBF, tratou do assunto na Conmebol. "Fizemos um convite para os profissionais que gerenciam o curso da Uefa e da Ásia analisarem o nosso. Estamos buscando o reconhecimento mútuo. Nosso conteúdo tem carga horária e níveis maiores do que os deles", disse ao jornal.
A carga horária total dos cursos da CBF, do C ao Pro, é de 800 horas. Para obter as três licenças da Uefa, os técnicos gastam 678 horas.

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