Em enterro de PM, Neto critica segurança pública, mas nega fazer política com o caso

O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM) compareceu ao sepultamento do subtenente da Polícia Militar, Fabiano Fortuna, na tarde desta sexta-feira (29), no cemitério do Bosque da Paz. Fortuna foi baleado no estacionamento do shopping Paralela na tarde de quinta-feira (28) e não resistiu aos ferimentos. 

O policial, que era lotado na 9ª Companhia Independente de Polícia MIlitar (9ª CIPM), prestava serviços na prefeitura de Salvador e, segundo o prefeito, era querido pelos colegas. Neto ressaltou que compareceu ao sepultamento por terem “relação pessoal” e não estava ali para fazer política. 

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“Tínhamos uma relação muito boa. Ele trabalhou por muitos anos com nossa equipe e fez muitos amigos. Era um cara do bem, todo mundo gostava dele. E assim que soubemos da notícia ficamos consternados. A dor da família, dos seus amigos e colegas é hoje a dor de todo mundo que trabalha na prefeitura e inclusive a minha”, afirmou Neto.

Ao ser questionado sobre o número de policiais mortos na Bahia este ano – 17 PMs – o prefeito afirmou que não queria aproveitar o episódio para fazer qualquer tipo de debate político. “Eu não quero que pareça que a minha presença aqui hoje não tenha um caráter estritamente pessoal e que vou aproveitar esse episódio para fazer qualquer tipo de debate político. As pessoas puderam acompanhar as minhas posições muito críticas à segurança. Mas hoje vou evitar de tratar desse assunto, porque vim aqui hoje em caráter pessoal, como amigo”, disse.

No entanto, o prefeito não deixou de fazer suas críticas à segurança pública do Estado. Nos últimos meses, Neto elevou o tom contra o governo do estado e o gestor da pasta, Maurício Barbosa, pedindo, inclusive, a demissão de Barbosa e comandante-geral da PM-BA, coronel Anselmo Brandão. “Agora a questão da segurança na Bahia todo mundo sabe como está e essa cobrança diária. E quando vemos esses bravos policias unidos percebemos que essa corporação precisa de mais atenção, investimentos e que coloque o policial no seu lugar que é de proteger a população e não ser vítima da violência no estado da Bahia”.