Esporte

Retardo Mental

Publicado em 13/06/2013, às 12h29   Edson Almeida *


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Há exemplos muito práticos que os nossos governantes, não sei se por esperteza ou desleixo, exercitam um retardo mental de causar pena. Somente agora, praticamente inauguradas algumas arenas para as Copas das Confederações e do Mundo, é que o ilustre ministro do Esporte, Aldo Rebelo, “desconfia” que os preços cobrados por bilhetes populares (entre R$ 35 e R$ 50), são exorbitantes para as classes menos privilegiadas. 
Em sua coletiva desta quinta-feira (13), o ministro fez várias considerações e disse que esta tem sido uma grande preocupação do Governo Federal, pois as caixas postais do Palácio do Planalto e do seu Ministério têm recebido muitas queixas de torcedores de Salvador, Minas, Fortaleza e do próprio Distrito Federal, onde o povo tem mais dinheiro, pois a maioria de seus frequentadores do Mané Garrincha é, em potencial, de servidores públicos e assessores políticos de bom nível salarial.
Em dado momento, Rebelo considerou que “do jeito que as reclamações chegam, após a Copa do Mundo de 2014, será provável que os estádios fiquem vazios”, pois o torcedor brasileiro não vai suportar o encarecimento dos bilhetes.
O mais prático em tudo isso é que o Governo Federal encontre um meio de estabelecer um maior limite para bilhetes populares e que as meias-entradas não sejam mais vendidas à base de tanta exigência para que o torcedor tenha que mostrar carteiras de estudantes, com firma reconhecida nos cartórios. Não se postula aqui uma espécie de fraude ou de desmando, mas, sobretudo, maiores facilidades para que todos possam ser beneficiados com a nova realidade do futebol brasileiro, agora com arenas que se igualam às melhores casas de espetáculos. 
Ah, sim, faltou o ministro sair de seu retardo mental e reconhecer que, de todas as arenas, a de Brasília logo vai virar elefante branco, pois se alguma empresa não promover shows internacionais ou exposições de grande porte, o novo estádio, construído a peso de ouro, não vai resistir a um campeonato cujo maior clássico é Brasiliense x Gama, que em dias de decisão não leva mais do que 2.000 pagantes.

Edson Almeida* é radialista esportivo na Itapoan FM

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