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Em 2017, Vitória gastou R$ 21 mi acima do orçamento, sendo R$ 7 mi com rescisões contratuais

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Os dados, divulgados pelo jornal Correio, são do parecer que rejeitou as contas do clube no ano passado   |   Bnews - Divulgação Divulgação

Publicado em 21/09/2018, às 10h54   Redação BNews


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Um parecer do Conselho Fiscal do Esporte Clube Vitória apontou que houve excessos na administração financeira do clube em 2017, durante a gestão de Ivã de Almeida e Agenor Gordilho Neto. Entre os pontos destacados pelo órgão fiscalizador estão rescisões, contratações, pagamentos antecipados, falta de planejamento, não recebimento de valores da Caixa, entre outros fatores que incharam a folha do clube.

Segundo a análise entregue ao Conselho Deliberativo em junho, quando o colegiado rejeitou as contas de 2017, e divulgada pelo jornal Correio, foram fechados contratos “não razoáveis” com o técnico Vagner Mancini e com o diretor de futebol Cleber Giglio para salvar o time do rebaixamento no ano passado.

Segundo o jornal, o treinador teve a promessa de R$ 1,5 milhão para permanecer na série A, que não foi pago no final da gestão anterior por falta de dinheiro no caixa e acertado o parcelamento com o presidente Ricardo David para ao longo de 2018. No entanto, com a demissão, Mancini teria recebido junto com a rescisão ao ser demitido em julho. Já o diretor recebeu o montante de seis vezes maior que o seu salário em dezembro de 2017, sendo que o acordo era que o pagamento fosse feito em dez parcelas iguais, a partir de janeiro de 2018.

Outro ponto sinalizado pelo órgão fiscalizador, com base no parecer, é a ausência de planejamento para contratação de Petkovic, o que gerou custo dez vezes maior com sua demissão. Para quem não lembra, o sérvio mudou de função três vezes no clube em apenas 79 dias de trabalho. De acordo com a publicação, em maio, Pet foi anunciado como 'team manager', com contrato até final de 2017. No entanto, em junho, foi transferido para função de diretor de futebol, sendo necessário a rescisão de contrato, que previa multa de 50% do valor total. Com isso, o sérvio teria recebido um ano de salário. Dias depois, com a demissão, recebeu mais R$ 1 milhão.

Já em relação aos gastos excessivos, a análise revela que o Esporte Clube Vitória gastou R$ 21 milhões a mais do orçamento para temporada, sendo que do total, R$ 7 milhões foram por causa de rescisões contratuais. O "descontrole" no caixa do clube teria gerado uma perda de R$ 23 milhões em apenas um ano. Ainda de acordo com a publicação, a gestão Ivã e Agenor estava autorizada a gastar até R$ 49 milhões, mas os valores chegaram aos R$ 70 milhões. Mas, os gastos foram ainda maiores, já que ao final da gestão, o clube teria chegado ao montante de R$ 86 milhões.

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