Esporte

Jogo histórico

Publicado em 30/09/2013, às 07h46   Edson Almeida*



Este triunfo do Vitória sobre o Atlético-PR, por 5x3, é histórico. Nenhuma outra partida da última rodada foi tão interessante e teve um desenvolvimento tão emocionante. Nem mesmo a goleada da Portuguesa sobre o Corinthians, por 4x0, pois o Timão anda em crise, não vence há quase uma dezena de jogos. 
O jogo de Curitiba teve história: o Furacão era o time em maior ascensão no campeonato, estava invicto há vários jogos, Vagner Mancini cantado em verso e prosa como o técnico de maior sucesso nestas últimas dez rodadas.  E para completar, o Vitória viajou cheio de dúvidas e problemas, tendo que dar chance a dois reservas ainda sem grande conceito – Elizeu e Luiz Gustavo -, como apoiadores de macacão.  
Com relação aos nossos dois representantes, o Bahia entrava em campo como grande favorito contra o Vasco, na Arena Fonte Nova, e o Vitória tido como favas contadas em favor do Atlético, lá em Curitiba. Mas aqui o Bahia pulou uma fogueira, empatando em 0x0, praticamente dominado pelo Vasco o tempo todo, e o Vitória fez o seu melhor e mais emocionante jogo fora de casa, ganhando-o por 5x3.
O emocionante – e que deu contornos ao jogo – foi que, após vencer o primeiro tempo, com folgas, por 3x0, numa atuação quase perfeita, o Leão escondeu as garras na volta do vestiário, o Atlético cresceu, empatou em 3x3, e seria mais fácil apostar na virada do que em qualquer outro desfecho.
Mas o Vitória de hoje tem um técnico ousado, que enxerga as possibilidades que torcedores e cronistas não enxergam: faz alterações que acabam, de forma surpreendente, mudando completamente o panorama. Como aconteceu contra o Vasco e, agora, contra o Furacão. Perdeu um dos apoiadores de marcação – o Luiz Gustavo -, não tinha outro para colocar em campo, optou pelo jovem William Henrique, atacante até então desconhecido, e o time retomou as ações conscientes do contragolpe mortal, fez mais dois gols, até poderia ter chegado a mais, um triunfo inapelável e que marca a presença do Vitória nesta fase crucial do campeonato, em que conquistar qualquer ponto fora de casa é de fundamental importância.
Ney Franco, desde que chegou ao Vitória não tem podido repetir o time, sempre às voltas com lesões, muitos jogadores importantes no departamento médico, rodada após rodada.
Mas tem sido marcante seu comando, suas ações e sua ousadia. Fazendo o Vitória ser um time grande, que joga dentro e fora de casa sob a filosofia de atacar. Sem medo de buscar o triunfo do princípio ao fim de cada batalha.

Edson Almeida* é radialista esportivo na Itapoan Fm, no programa do Galáticos

Classificação Indicativa: Livre

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