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Suspeito de lavagem de dinheiro, Ricardo Teixeira se explica à PF

Imagem Suspeito de lavagem de dinheiro, Ricardo Teixeira se explica à PF
Cartola teve que se explicar a pedido do Ministério Público Federal  |   Bnews - Divulgação

Publicado em 03/11/2011, às 23h09   Redação Bocão News


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Intimado pela Polícia Federal do Rio de Janeiro, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, prestou depoimento nesta quinta-feira. O cartola teve que se explicar a pedido do Ministério Público Federal. Suspeito de lavagem de dinheiro, o dirigente é investigado por um suposto esquema de pagamento de propina a pessoas ligadas à Federação Internacional de Futebol (Fifa) na década de 90.

A agilidade na investigação federal contra Ricardo Teixeira, por lavagem de dinheiro e crime financeiro, ganhará um elemento extra nos próximos dias: tudo o que for levantado pelo Ministério Público de SP será trocado com o MPF fluminense, que dirige outra investigação simultânea. Teixeira é o presidente da Confederação Brasileira de Futebol e do Comitê da Copa 2014.
Além do cargo na CBF, Teixeira é o presidente do Comitê de Organização da Copa 2014. Com a companhia de quatro advogados, o dirigente enfrentou três horas e meia de interrogatório.
O irmão de Ricardo, Guilherme Teixeira, já foi ouvido pela Delegacia de Crimes Financeiros, dirigida pelo delegado Vitor Pubel.  O inquérito foi aberto sob a proteção do sigilo de Justiça.
"Tudo vai ser investigado plenamente pela Polícia Federal e, quando for o momento, poderá ser pedida à Justiça a quebra dos sigilos fiscal e bancário do senhor Ricardo Teixeira", disse Pubel em entrevista ao Jornal da Record.
Ricardo Teixeira já tinha respondido a uma ação penal, arquivada em maio deste ano pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), após um pedido de trancamento. A conversa desta quinta-feira, segundo Pubel, teve o objetivo de investigar se o suposto esquema continuou depois de 1997.
Pubel descartou revelar detalhes do depoimento. O delegado, no entanto, destacou que os advogados de Ricardo Teixeira alegaram que os fatos já foram esclarecidos no passado e relembraram o fato de ação ter sido arquivada.
O MPF pede que a Polícia Federal investigue a evolução patrimonial de Ricardo Teixeira, seus sócios e familiares, além do irmão Guilherme. O pedido de investigação contra os irmãos Teixeira foi feito pelo procurador da República, Marcelo Freire, da vara criminal. Em seu ofício, Freire cita a operação da empresa Sanud, que tem sede em Luxemburgo, paraíso fiscal.  O procurador da empresa no Brasil é o irmão de Ricardo, Guilherme.
A Delegacia de Crimes Financeiros vai apurar novas denúncias contra as duas empresas de Teixeira por remessa ilegal de dinheiro para o Brasil: a Sanud e a RLJ. Guilherme Teixeira é procurador da Sanud no Brasil há mais de dez anos.

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