Bellintani defende modelo de clube-empresa, mas descarta utilizar no Bahia

O Bahia foi um dos 14 clubes da Série A que aprovaram o projeto de lei que facilita a transformação das agremiações em sociedades anônimas. A proposta permite que os clubes possam buscar investimentos a partir da entrada de empresas nacionais e estrangeiras.

Porém, em entrevista à Equipe dos Galáticos, o presidente do Tricolor, Guilherme Bellintani, descartou adotar o modelo no clube, pelo menos na sua gestão. O dirigente revelou que apenas apoia a liberdade de os clubes poderem escolher pela transformação, ou não, em clube-empresa.

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"Acho que o Bahia pode tirar proveito da lei. Tenho conversado com alguns deputados. Podemos trazer uma S/A para investir na base, para outros projetos. Agora, o Bahia virar um clube de investidores, eu sou contra. O Bahia tem encontrado um modelo sem fins lucrativos, sem necessidade de um investidor. Não acho uma boa, para o Bahia, virar uma sociedade anônima plena com investidores estrangeiros. Veja o caso do Figueirense, que continua com problemas. Empresa não salva tudo nesse mundo. As experiências não dizem isso, a cultura do Brasil não é essa", disse.

De autoria do ex-deputado federal Otávio Leite (RJ), o projeto de lei 5082/16 tem apoio do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que esteve na sede da CBF e está visitando os clubes para defendê-lo. A proposta estabelece as condições para que os clubes de futebol se transformem em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O projeto será analisado por uma comissão especial e discutido no plenário na Câmara nos próximos meses.

Além do Bahia, os clubes que apoiam a mudança são Grêmio, São Paulo, Corinthians, Vasco, CSA, Goiás, Avaí, Santos, Ceará, Fortaleza, Athletico-PR, Atlético-MG e Botafogo.

Já Fluminense, Chapecoense, Palmeiras, Internacional, Flamengo e Cruzeiro discordam.