Esporte

Maratona SSA: relato de quem só deu uma “carreirinha” 

Victor Pinto
A Maratona Salvador foi realizada neste domingo, dia 19  |   Bnews - Divulgação Victor Pinto

Publicado em 15/09/2019, às 17h44   Victor Pinto*


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“Carreirinha” ou “Carreira” é um termo utilizado, principalmente, no interior quando se fala de uma pequena corrida, por isso já justifico o termo no título.

Essa foi a minha segunda Maratona Salvador. Corri pela primeira vez uma em 2018 e peguei gosto pela atividades antes só restrita a percursos minúsculos ou a esteira da academia. Foram 5k corridos em 30 minutos. 

Para este ano eu queria mais, pensei em aumentar o percurso para 10k, comecei a treinar um pouco, mas as férias no meio do ano e a preguiça imperaram e cortaram o meu barato. Perdi o foco. 

Na reta final, já no mês de agosto, resolvi voltar aos trotes. Lembrei da maratona e fui mais uma vez impulsionado por todo o contexto. 

Lá se vai Victor, mais uma vez, correr os 5k. Sem frustração, mas não tão em forma como antes. 

Acordar 5h da manhã de um domingo, o que para mim no dia a dia já é uma tarefa comum, chegar na Barra umas 5h30 e esperar a largada às 6h: tranquilo. Correr de manhã cedo é sensacional. O interiorano tem o costume de acordar cedo para render o dia e isso para mim não é obstáculo. Faço com prazer. 

A chegada no espaço é legal e logo encontrei diversos conhecidos e amigos. Fone no ouvido, água tomada, relógio a ponto de bala para cronometragem. Eis a largada. Sensação boa. Ida na maciota na pista reta. Sem sol no rosto, há facilidade. Subir a região do Cristo na Barra é dose. Mas fui no trotezinho ou carreirinha fazer os 5k.  A ida foi bem tranquila, a volta que não consegui fazer como esperava. 

Na ida consegui manter o ritmo, sem parar. Na volta eu senti o cansaço. Já nos 3k parei e dei uma caminhada. E assim segui. A enferrujada dos últimos meses me fisgou, principalmente na respiração. Como sabia da minha condição um tanto sedentária, não iria arriscar forçar a barra. 

Corria, caminhava, corria, caminhava e digo sem nenhuma vergonha, pois tem gente que parece ver isso como um fracasso. No início achei, mas depois parei para analisar o contexto. 

Consegui mais um trote na descida do Cristo até o ponto de chegada. Foram 5,2k em 39 minutos. Rosto vermelho da corrida, medalha no peito, lanche tomado. Foto postada nas redes sociais. A sensação depois é maravilhosa. O corpo se contagia com a adrenalina. 

Saí da maratona com a mesma sensação da anterior: quero fazer mais isso. Combinei com meu amigo Guilherme Silva, nos primeiros 2,5k - ele fez 10k e seguiu das Gordinhas de Ondina em diante para o Rio Vermelho - que ano que vem esses 10k vão sair. 

Vou tentar manter o foco. Espero fazer esse novo relato em 2020. Detalhe: o prefeito ACM Neto (DEM) confirmou a próxima edição. 

Run!

* Victor Pinto, 27 anos, é jornalista do BNews

Classificação Indicativa: Livre

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