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"Não tinha expectativas de me tornar goleiro profissional", relembra Jean sobre início de carreira

Divulgação / EC Bahia
Ele contou sobre sua vinda para a Bahia, e com bom humor fala que se sente baiano   |   Bnews - Divulgação Divulgação / EC Bahia

Publicado em 30/04/2020, às 08h12   Redação Galáticos Online


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A equipe dos Galáticos entrevistou, de forma exclusiva, o ex-goleiro Jean Paulo Fernandes, mais conhecido como Jean. Ídolo do Bahia, e com grande passagem pelo maior rival Vitória. Conta com passagens por outras grandes equipes do país, como Corinthians, Flamengo e Cruzeiro. Hoje ele é funcionário do Bahia e atua com treinador de goleiros, na divisão de base do clube.

Perguntado sobre como está sendo esse tempo longe dos campos, ele diz sentir saudades e espera que as coisas retornem ao normal.

"O campo é minha vida, é o que eu sei fazer. Então espero que as coisas voltem logo ao normal".

Ele contou sobre sua vinda para a Bahia, e com bom humor fala que se sente baiano, apesar de ter nascido e morado em São Paulo até os 13 anos.

"Eu sou mais baiano do que paulista. Tenho mais tempo morando aqui do que em São Paulo. Quem me trouxe para o Bahia foi Newton Motta e comecei no infantil, passei por todas as categorias até chegar ao profissional".

Muito ligado a sua família, só saiu de casa para ter uma chance de ajudar os pais.

"Um dos fatores para eu ficar longe da minha família, foi poder ter a chance de crescer, ajudar meus pais financeiramente"

Apesar de ter sido um grande goleiro, que marcou época no Bahia e Vitória, Jean não tinha expectativas de se tornar profissional, mas uma oportunidade o fez perceber que poderia conquistar grandes coisas.

"Eu não tinha essa expectativa de me tornar um goleiro profissional. Eu vim pra cá por ser algo novo, mudar de cidade e estado. Só a partir dos 15 anos, quando eu tava no juvenil é que as coisas mudaram. Eu fiquei no banco do time de cima e ganhei um bicho alto, pra mim. Aí comecei a encarar como algo sério pra mim".

Antes de fazer sucesso no Bahia, Jean passou por problemas no clube e acabou sendo emprestado, o que o ajudou a adquirir maturidade.

"Com aquela derrota, com tudo o que aconteceu com aquele erro, eu amadureci rápido. Sofri muito, apanhei muito e eu acho que tudo aquilo tinha que acontecer, para eu me tornar o homem que sou e o atleta que eu fui".

Perguntado sobre sua relação com o ex-presidente do Bahia, Paulo Maracajá, o ex-goleiro fala que são águas passadas e que não guarda mágoa do ex-cartola.

"Não tenho mágoa do Maracajá. Tem muito tempo que não o vejo e não falo com ele. Mas o que passou, passou".

Ele relembra os momentos e diz onde teve suas melhores fases na carreira.

"Cada clube que passei, eu tive um momento. Mas eu tive um momento muito bom em 1994 e no Guarani também. São fases, e respeito cada fase que passei em cada clube".

Marcado no coração do torcedor tricolor, o título do Campeonato Baiano de 1994 também é comemorado até hoje por Jean, que se alegra sempre que lembra e exalta o maior clássico baiano da história.

"Foi uma emoção grande. Lembro de tudo, tenho até gravado. Poder jogar pra uma Fonte Nova com quase 100 mil pessoas foi algo que não acontecerá nunca mais. Aquele título foi sensacional, a torcida lembra e comemora o gol de Raudinei até hoje".

Classificação Indicativa: Livre

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