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Membro da delegação argentina omitiu informações sobre jogadores, aponta relatório

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O país tem adotado cuidados maiores com viajantes que tenham passado os últimos 14 dias em lugares onde há circulação intensa da variante Delta.  |   Bnews - Divulgação Reprodução/Twitter

Publicado em 06/09/2021, às 14h13   Redação BNews


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Um membro da delegação da Seleção Argentina identificado como Fernando Ariel Batista falsificou informações de quatro jogadores argentinos, aponta um documento oficial da Anvisa sobre a confusão ocorrida neste domingo (5), na Neo Química Arena, em São Paulo, em jogo contra o Brasil. A situação desencadeou na retirada dos jogadores de campo e na suspensão do jogo. Na sequência, eles foram obrigados a deixar o Brasil.

Segundo o relatório, tudo começou com a chegada de um rumor à Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Portos, Aeroportos e Fronteiras — órgão ligado à Anvisa — de que Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso, teriam passado pela Inglaterra e não fizeram quarentena no Brasil.

O país tem adotado cuidados maiores com viajantes que tenham passado os últimos 14 dias em lugares onde há circulação intensa da variante Delta. O histórico de viagens dos atletas, no entanto, informa apenas que eles chegaram a São Paulo em um voo da Venezuela.

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“Na oportunidade encaminhamos, em formato de planilha e em PDF, as quatro Declarações de Saúde dos Viajantes – DSV para que seja realizada a investigação epidemiológica, considerando o rumor de que os atletas argentinos podem ter tido passagem por área restrita nos últimos 14 dias, considerando que os jogadores argentinos são oriundos de clubes no Reino Unido”, informa o relatório de investigação epidemiológica.

Após tomar conhecimento pela Anvisa, as autoridades de vigilância sanitária paulista se reuniram com representantes da CBF e da Conmebol, no sábado (4), às 10h, e informaram que os jogadores não poderiam deixar o hotel onde estavam hospedados porque estariam em situação irregular no Brasil.

O objetivo era evitar que eles participassem até mesmo dos treinos, o que foi ignorado pela delegação argentina.

“O chefe de equipe da seleção argentina, assim como membros da Conmebol e CBF foram notificados sobre a ocorrência, tendo recebido a orientação de que os 4 jogadores em questão deveriam permanecer nos seus referidos quartos, não podendo participar do treino na Arena Neoquimica previsto para as 18h30, cumprindo o período de quarentena recomendado até que outra orientação fosse repassada pela autoridade sanitária. Ademais, os atletas apresentam RT-PCR realizado anteriormente o embarque para o Brasil, assim como RT-PCR realizado no dia 03 de setembro com resultado não detectável em ambos os testes”, diz o documento elaborado pela Coordenadoria de Controle de Doenças e Centro de Vigilância, órgãos da Secretaria de Saúde de São Paulo.

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